Tão repentinamente quanto criaram o dia de paralisação (05/12) contra a reforma da previdência, as grandes centrais sindicais riscaram tal atividade de sua agenda. A paralisação foi repentinamente cancelada, sem grandes explicações, na última sexta-feira, 01/12, num acordo de cúpula das grandes centrais (desconsiderando as pequenas e de esquerda).
As centrais cancelaram porque o governo Temer recuou da aprovação nesta próxima semana. Embora as centrais digam que o governo recuou graças à sua própria pressão (ao marcarem o dia de paralisação), a verdade é que o recuo deveu-se mais à incapacidade de o frágil governo de Temer chegar num acordo entre as frações burguesas do Congresso. Nem o PSDB e o DEM defendem integralmente a proposta atual de reforma!
Diante dessa situação, compreensivelmente, centrais sindicais e sindicatos mais combativos foram obrigados a recuar de muitas atividades que planejavam. Em alguns estados, paralisações e atos foram mantidos apesar das grandes centrais, o que é muito em importante. Na cidade de São Paulo, o MTST teve um papel importante ao manter o ato no período da tarde na Av. Paulista.
A esquerda socialista, suas centrais sindicais, sindicatos próximos e movimentos de juventude devem engrossar chamados como o do MTST — apesar das diferenças que possam ter com este — como única forma de expressar uma voz popular nas ruas contra as nefastas reformas de Temer. Construir um bloco unificado da esquerda no ato, não deixar aquilo descambar para palanque lulista, gritar alto contra os ataques de Temer, tais são as obrigações dos lutadores no dia!
Portanto, 05/12, 16h, todos à Av. Paulista, protestar de forma unificada contra os ataques de Temer! Abaixo a reforma da previdência! Pela revogação da reforma trabalhista!