Publicamos o texto “Para a interpretação do Programa de Transição”, com o objetivo de aprofundar o debate sobre as raízes históricas, o desenvolvimento dialético das reivindicações e formas organizativas contidas no programa da IV Internacional, programa que é urgente defender no seio da classe trabalhadora, diante do aprofundamento da crise de direção.
A Transição Socialista (TS) é uma organização política que luta pela emancipação dos trabalhadores contra a exploração da ordem capitalista. Nosso nome faz alusão: ao histórico do grupo e trajetória de seus mais antigos camaradas da década de 1980; à necessidade explícita do socialismo; e à defesa do programa histórico da IV Internacional, o Programa de Transição de Trotsky, que reivindicamos.
As eleições municipais acontecerão sob o signo da crise: sanitária, política e, sobretudo, econômica, que arrasta milhares de trabalhadores para o desemprego e para a miséria. Nessas circunstâncias, qual papel cabe aos revolucionários nestas eleições? Defender essencialmente as mesmas propostas que os oportunistas, ou apontar um novo caminho?
O PSTU lançou há poucos dias dois materiais para orientar suas campanhas eleitorais municipais. Comentaremos detalhadamente as posições aí apresentadas e buscaremos demonstrar como são contrárias às formulações clássicas do marxismo. Como a crítica necessita ser detalhada, a dividiremos em três partes. A primeira trata de concepções mais gerais, sobre estratégia comunista.
As 2500 demissões na EMBRAER são um sinal claro do que o capitalismo reserva aos operários brasileiros na gigantesca crise que se abre. Companheiros do PSTU: é hora de desengavetar o Programa de Transição!
A confusão continua reinando em setores da “esquerda” que, em meio à crise, defendem que o governo faça um “decreto” garantindo a estabilidade nos empregos. É cópia do que os burgueses argentinos já fazem – e a medida se revela, no final das contas, contrária à classe trabalhadora.
Frente à gigantesca crise capitalista que se abre, é fundamental os revolucionários adequarem seus programas. Seria o Programa de Transição uma invenção particular de Trotsky, ou teria bases nos esforços do próprio Marx para encontrar um programa revolucionário?
O coronavírus será um mal menor para a maioria da população, se comparado às consequências da crise econômica que se instalará mundialmente este ano. As organizações revolucionárias têm de olhar para o horizonte e preparar a ação efetiva, isto é, revolucionária. É hora de erguer um programa transitório ao socialismo, única alternativa à barbárie.
Sob o influxo das lutas que estão acontecendo, a TS produziu série de postagens sobre a dualidade de poder: o processo de constituição de um poder paralelo pelos trabalhadores, contraposto ao poder oficial do Estado burguês, com as formas de luta e as formas organizativas forjadas pelos próprios trabalhadores na luta pela sua emancipação.
A adaptação do PSTU, em seu trabalho sindical, à burocracia e ao “sindicalismo de resultados”, levou a uma derrota histórica dos trabalhadores na GM de São José dos Campos. Todavia, o PSTU se nega a reconhecer abertamente a derrota, e mantém-se afastado do verdadeiro programa de luta, o programa revolucionário, o Programa de Transição.