Ver PDF aqui. Passados seis meses que o Governo Lula-Alckmin ascendeu ao poder, não existem mais dúvidas de que se trata de um governo capitalista, inimigo dos trabalhadores. Aos que ainda alimentavam alguma ilusão no Governo Lula-Alckmin, nos resta apresentar a realidade que se impõe: a manutenção da Reforma Trabalhista […]
Dez anos após as jornadas de junho de 2013 sobram falsificações a respeito daqueles eventos. Há no interior da autointitulada “esquerda” um intenso debate acerca da relação entre aqueles acontecimentos e toda crise política que teria se sucedido na década seguinte. O PT e seus satélites, vítimas de primeira linha […]
“Toda ciência seria supérflua se houvesse coincidência imediata entre a aparência e a essência das coisas”, nos ensina Marx em sua obra teórico-programática, O Capital. Mas tal fundamento parece passar mais uma vez despercebido pela dita esquerda revolucionária brasileira, que continua a tomar a aparência imediata dos fatos por sua essência.
A nosso ver, pouco resta para um balanço do segundo turno eleitoral que já não tenha sido dito ao final do primeiro. Aqui, portanto, reforçaremos elementos anteriores, com destaque para o fetiche da democracia e o papel da nossa “esquerda socialista” na manutenção da ordem institucional. Quem ganhou a eleição? […]
Desde a campanha eleitoral de 2018, quando Jair Bolsonaro derrotou Fernando Haddad, ganhou força entre as diversas organizações de esquerda do país a opinião de que a “democracia havia dado lugar ao fascismo”, ou de que “a ditadura militar de 1964 retornava”. Na imprensa e até mesmo na academia, não é difícil ouvir falar de uma “escalada autoritária e golpista” do atual presidente e da sua corja miliciana. Diante do quadro de corrupção desenfreada, de descaso com as mortes pela COVID-19 e de silenciosos ataques aos trabalhadores brasileiros, inúmeros revolucionários honestos se levantaram para combater o bolsonarismo sob a bandeira “antifascista”.
Analisamos o que está por trás dos resultados eleitorais de Lula e de Bolsonaro no 1º turno. Ainda que o presidente tenha mostrado resiliência (cujos motivos explicamos), é exagerado dizer que houve uma “onda bolsonarista”, como em 2018. Também o PT mostrou bastante força nesta eleição. Já a chamada “esquerda socialista”, faliu miseravelmente.
Os ideólogos petistas adoram desqualificar junho de 2013 como a origem da ascensão da extrema-direita ao poder.
É urgente a construção de uma esquerda de verdade no Brasil, sem rabo preso com o PT, que se baseie nas greves, nas lutas contra os patrões e qualquer dos seus governantes. Pela criação de um partido revolucionário no Brasil, que continue o que junho de 2013 começou.
Novos junhos virão!
Um mistério ronda a chamada “esquerda socialista” (PSTU, PCB e UP). Como votarão em um eventual segundo turno eleitoral? A polarização eleitoral Lula-Bolsonaro é a questão central desta eleição e está “na boca povo” desde o final do ano passado. Diante disso, esses partidos precisam adotar uma posição pública a respeito, se pretendem ter qualquer intervenção de maior impacto com suas campanhas.
Os revolucionários precisam se antepor claramente, sem ambiguidades e tergiversações, à “frentona popular” pró-Lula ora formada. Mais do que serem levados pela onda oportunista que leva Lula ao poder, os revolucionários precisam nadar contra a corrente e esclarecer seus militantes e seguidores sobre o caráter nefasto dessas atividades. Só assim serão criadas melhores condições para uma luta dos trabalhadores contra o governo burguês de Lula amanhã.
LULA, O QUERIDINHO DA BURGUESIA
1. O PT NÃO É DE ESQUERDA!
2. SÓ SOBROU O PT
3. DIQUE DE CONTENÇÃO
4. BOMBEIRO DO FUTURO
Nessas eleições:
No primeiro turno, vote Vera.
No segundo turno, entre Lula e Bolsonaro, vote nulo.