Burocracia sindical e partidária de “esquerda” se unificou para impedir que manifestações saíssem do controle, avançassem das ruas para os locais de trabalho, e, assim, atrapalhassem o próximo ano eleitoral. Ela quer tranquilidade, e, sobretudo, quer Bolsonaro como antagonista de Lula no segundo turno do próximo ano.
O PSTU naufragou neste pleito. Seus resultados foram muito menores do que nos últimos anos e sua política no segundo turno foi capitulacionista. Tais problemas, expressões agudas da falta de programa revolucionário, demarcam que o PSTU não terá protagonismo na futura reorganização dos revolucionários.
As eleições municipais acontecerão sob o signo da crise: sanitária, política e, sobretudo, econômica, que arrasta milhares de trabalhadores para o desemprego e para a miséria. Nessas circunstâncias, qual papel cabe aos revolucionários nestas eleições? Defender essencialmente as mesmas propostas que os oportunistas, ou apontar um novo caminho?
Esta é a terceira e última parte da crítica às posições eleitorais apresentadas pelo PSTU nestas eleições. Nesta parte do texto buscamos mostrar como a concepção de longo prazo do PSTU, propriamente estatista, contraria as posições dos clássicos do marxismo sobre o Estado.
Esta é a segunda parte do texto de crítica ao programa eleitoral apresentado pelo PSTU nestas eleições. Nesta segunda parte, trataremos detalhadamente das propostas de curto prazo apresentadas pelo PSTU para uma “gestão socialista”
O PSTU lançou há poucos dias dois materiais para orientar suas campanhas eleitorais municipais. Comentaremos detalhadamente as posições aí apresentadas e buscaremos demonstrar como são contrárias às formulações clássicas do marxismo. Como a crítica necessita ser detalhada, a dividiremos em três partes. A primeira trata de concepções mais gerais, sobre estratégia comunista.
As prévias do PSOL confirmaram o que anunciamos em 2018: com Boulos se cristalizou o rumo ao oportunismo e à lógica parlamentar-petista. Os lutadores honestos deveriam sair do PSOL, em vez de dar cobertura de esquerda ao oportunismo. Chamamos os lutadores à discussão por uma nova organização política nacional.
PSTU e CST-PSOL capitularam na crise boliviana, dando declarações duplas ou contraditórias. Na prática, terminaram apoiando o setor capitalista de Evo, amplamente odiado pela população trabalhadora. O fato é um alarme para a vanguarda da classe trabalhadora brasileira.
A social-democracia e o stalinismo populista de Maduro, Kirchner, Ortega, López Obrador, o castro-chavismo em geral e seus seguidores pseudo-trotskistas em nível mundial, teimam em dizer que há um golpe de Estado na Bolívia. Essa política não faz outra coisa senão capitular ao pró-imperialista Evo Morales, uma das variantes da burguesia.
Evo tentou dar um golpe e se deu mal, desatando uma revolta social incontrolável. O exército e a polícia não reprimiram porque temeram lançar o país numa guerra civil. Evo caiu sem apoio. O evento comprova a completa falência da dita “esquerda” do continente, amarrada ao assassino Evo até o fim.