Na semana do dia 11 de junho a TM manobrou antes da eleição da comissão da PLR (ocorrida na sexta da mesma semana) e criou uma regra arbitrária para impedir alguns candidatos de concorrerem. Segundo a empresa quem já fez parte da comissão não poderia concorrer novamente. A TM argumenta que essa restrição serviria para renovar a comissão. Ora, companheiros, quem decide sobre a renovação ou não dos membros da comissão é o voto da maioria e não a TM! Dos nossos representantes cuidamos nós mesmos!
Na prática a TM barrou os candidatos que possuem estabilidade para bater de frente. Pior ainda foi a demissão forçada de um membro da comissão com estabilidade pelas mãos da Dra. Nada. Absurdo! Sabemos que não é a primeira vez que a empresa persegue companheiros para inibir e “dar o exemplo”.
A TM desmonta à força o único órgão democrático ao alcance hoje dos trabalhadores, para que consiga prever o seu único motivo de existência: lucro, lucro, lucro. Não importa que isso signifique passar por cima de pais de família.
Manobrando debaixo do nariz do sindicato
As regras para as eleições não podem ser definidas por um único lado da negociação, isso viola o princípio de paridade entre as partes, expressa em lei, para a negociação da PLR. No entanto, apesar de estar ciente do ocorrido, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC até o fechamento desta edição não havia dado nenhum sinal de que brigaria pelo direito dos trabalhadores da TM. A eleição ocorreu com candidaturas barradas sem justificativa plausível. O chão de fábrica já não aguenta mais o descaso do sindicato que supostamente o representa. Cada dia que passa é uma lei quebrada na TM. Cadê o serviço que você cobra, sindicato? Ou é para isso que pagamos parte de nosso salário?
Panela de pressão
Com essa manobra a TM busca cozinhar a próxima comissão que terá representantes sem estabilidade, buscando diminuir ao máximo o ouro da peãozada. O desejo do patrão sempre foi pagar menos aos que trabalham. Nada de novo. Resta saber até quando a TM aposta que o chão de fábrica vai permanecer calado contra salários, bônus e condições cada vez piores. A crise da peãozada tem limite e quando atingir esse limite a TM vai estar com toda a produção parada e buscando, com todo o respeito do mundo, negociar com o chão de fábrica. Até lá, é preciso nos fortalecer, organizar nossa defesa.
Abaixo as demissões e as manobras da Termomecânica!
Na democracia do peão, a maioria decide!