Transição Socialista

[Vídeo] Junho de 2013: o maior pesadelo dos petistas

29.09.2022

Os ideólogos petistas adoram desqualificar junho de 2013 como a origem da ascensão da extrema-direita ao poder.

A verdade é que junho de 2013 foi uma importante revolta, que fechou um ciclo de décadas de calmaria no Brasil. Em 2013, a população trabalhadora, começando pela sua juventude radical, decidiu dizer ‘chega!’

Aliados em SP para reprimir a revolta, no fim Haddad e Alckmin foram obrigados a meter o rabo entre as pernas e ir à TV anunciar o recuo no preço das passagens, deram os anéis pra não perder os dedos. A popularidade do governo Dilma derreteu. A estabilidade burguesa foi pelos ares. Num movimento que começou contra o aumento da tarifa do transporte, explodiu contra a repressão policial e culminou numa profusão de pautas políticas e econômicas, abrindo caminho pra perpectiva revolucionária.

Ocorre que, se por muito tempo o PT e Lula foram a esperança de dias melhores para os trabalhadores; em 2013 o PT já era governo por mais de década, responsável por toda opressão estatal burguesa. Com a crise, as promessas petistas de sempre caíram em descrédito aos olhos da população.

As ruas voltaram a ser ocupadas cotidianamente por diversos movimentos, já em 2014 o número de greves operárias teve um crescimento vertiginoso. A população trabalhadora reassumiu um papel de protagonismo na política nacional. – e é exatamente por isso que junho de 2013 é o maior pesadelo dos petistas. Desde Dilma, tivemos uma sucessão de governos instáveis, sempre em crise.

A “nova direita”, do MBL ao bolsonarismo, só cresceu graças à ausência da esquerda na luta contra o PT. Como fogo de palha, essa direita cresceu tão rápido quanto definhou, por, afinal, representarem a mesma política burguesa dos que fingem combater. A esquerda poderia ser a principal herdeira da revolta de 2013, mas se agarrou na alça do caixão do PT em todas as oportunidades de enterrá-lo. A maioria da chamada esquerda renunciou ao crescimento como oposição ao PT, e hoje trabalha junto com a grande burguesia para ressuscitá-lo, para restaurar a estabilidade da “velha política” com Lula.

É urgente a construção de uma esquerda de verdade no Brasil, sem rabo preso com o PT, que se baseie nas greves, nas lutas contra os patrões e qualquer dos seus governantes. Pela criação de um partido revolucionário no Brasil, que continue o que junho de 2013 começou:

No 1° turno, vote Vera e no Pólo Socialista e Revolucionário!
No 2° turno, entre Lula e Bolsonaro, vote nulo!

Novos junhos virão!