Categorias de trabalhadores das três esferas do funcionalismo (municipais, estaduais e federal) devem paralisar as atividades hoje contra a PEC 32, a chamada Reforma Administrativa de Paulo Guedes. Atos de rua estão marcados nas principais cidades, em todo país. A paralisação nacional também faz parte da luta pela derrubada do governo Bolsonaro, afundado em corrupção e responsável pela morte de mais de meio milhão de trabalhadores brasileiros durante a pandemia da COVID-19.
Longe de acabar com os privilégios das cúpulas da burocracia estatal, a PEC 32 tem por principal objetivo enxugar os custos do Estado pela piora das condições de vida dos trabalhadores da base dos serviços, que já amargam anos de empobrecimento, precarização dos seus postos de trabalho e terceirização. A PEC ainda busca acabar com o que resta de estabilidade nos empregos estatais, e expandir a ocupação de cargos públicos por indicações políticas dos governos vigentes, diminuindo ainda mais as contratações por concurso e abrindo espaço para mais esquemas de corrupção pelos políticos e seus indicados.
Em nada os demais trabalhadores brasileiros ganham com essa Reforma. A precarização dos postos de trabalho e a quebra da atual estabilidade nos empregos estatais, nivela por baixo as condições do conjunto da classe trabalhadora. Se aprovada a PEC, aumenta a pressão sobre o os demais trabalhadores e desempregados a concorrerem por empregos cada vez mais precários e instáveis, no setor “público” ou privado. A reforma tenta jogar uns trabalhadores contra os outros, mas ao contrário, precisamos lutar conjuntamente pela ESTABILIDADE NOS EMPREGOS. Não só os burocratas estatais mantêm seus privilégios de minoria às custas dos trabalhadores, também fazem os patrões e empresários que aumentam seus lucros exorbitantes enquanto jogam milhares de trabalhadores no olho da rua todos os dias sem nenhum pudor ou limite!
É preciso unificar as lutas de todos os trabalhadores brasileiros por suas condições de vida contra os patrões e o governo Bolsonaro, e superar a dispersão das lutas. As centrais sindicais que convocaram a mobilização de hoje contra a PEC 32 tem em suas mãos a possibilidade de convocar uma paralisação geral, chamando não só o funcionalismo, mas também os trabalhadores das fábricas e do setor privado à luta pela derrubada imediata do presidente Bolsonaro e suas medidas. Se não o fizerem, as centrais darão mais uma demonstração de que não querem realmente a queda do presidente, submetem a luta dos trabalhadores aos interesses eleitoreiros de Lula em 2022, e permitem a Bolsonaro tentar hoje recuperar sua popularidade e terminar o mandato, sendo, portanto, também cúmplices das mortes e da miséria contra as quais lutamos.
NÃO À PEC 32!
PELA CONVOCAÇÃO DE UMA PARALISAÇÃO NACIONAL UNIFICADA!
IMPEACHMENT E PRISÃO PARA BOLSONARO!