Texto enviado pela TS para a manifestação pela liberdade de Rodney Álvarez em frente à embaixada venezuelana na Argentina nesta quarta, 18 de novembro de 2020. Convocada pelos companheiros da organização Razón Y Revolución (Argentina), esta atividade ocorre diante da retomada do julgamento de Rodney, que já está preso “preventivamente” há 9 anos sem condenação pelo estado venezuelano.
LIBERDADE IMEDIATA A RODNEY ÁLVAREZ E A TODOS OPERÁRIOS PRESOS POLÍTICOS DA DITADURA DE MADURO!
Rodney Álvarez, operário da Ferrominera de Orinoco, é vítima da perseguição política da burocracia que hoje governa a Venezuela com as armas voltadas contra a população trabalhadora.
Preso há nove anos sem condenação nem direito a julgamento, Rodney foi utilizado como bode expiatório para salvar da cadeia o capanga chavista Héctor Maicán, membro do partido de Maduro, o PSUV, que em 2011 atirou contra uma assembleia às portas da empresa Ferrominera, matando um trabalhador.
Apesar de um vídeo mostrar a prisão de Maicán portando arma de mesmo calibre e fabricante da usada no assassinato, ele foi solto com ajuda da burocracia chavista, por meio de contatos com o governador do estado de Bolívar.
Rodney Álvarez, militante revolucionário, foi preso pela burocracia por crime que não cometeu, para que não pudesse mais atuar politicamente em defesa dos interesses dos operários venezuelanos. Além de ser submetido a condições sub-humanas na prisão e de não poder ter contato com sua família, Rodney sofreu quatro atentados, teve 27 audiências canceladas e viu seu julgamento ser adiado oito vezes nestes anos.
É vergonhoso que a maior parte da autointitulada “esquerda” latino-americana apoie ou se cale diante da ditadura de Maduro, que persegue, tortura e mata lideranças operárias e aprofunda a fome e a miséria que infelizmente viraram rotina na Venezuela. As mãos de todos estes pretensos “progressistas” estão sujas de sangue operário por sua covardia e complacência com a criminosa burocracia maduro-chavista.
Rodney, exemplo para os revolucionários de todo o continente, resiste como verdadeiro representante dos interesses da classe trabalhadora. Exigimos sua libertação imediata e de todos os outros 24 companheiros também desaparecidos hoje na Venezuela. Basta de perseguição aos trabalhadores venezuelanos, que hoje sequer têm a liberdade de lutar e defender seus direitos mínimos, que hoje sequer podem realizar assembleias ou eleições sindicais livres.
Liberdade a Rodney Álvarez já!
Liberdade a todos os operários desaparecidos na Venezuela, sequestrados pelo estado!
Fora Maduro!
Prisão aos burocratas chavistas que perseguem, prendem e matam operários!