Após o fechamento da edição anterior de O Corneta, soubemos de um caso de suicídio na Cinpal. Fizemos um panfleto específico, cuja informação central reproduzimos abaixo, para informar os companheiros das demais fábricas.
Na terça, dia 29/1, um trabalhador da Cinpal se suicidou dentro da fábrica. O companheiro de 59 anos sofria de depressão e, segundo relatos da rádio peão, teve seu parecer de afastamento médico de 15 dias negado pela empresa. Na verdade, ele foi “suicidado” pela política doentia da Cinpal, que não respeita a saúde dos trabalhadores.
O Sindicato tapou olhos e ouvidos e se posicionou apenas com uma nota genérica sem relacionar o suicídio às condições de trabalho na fábrica. Nenhuma medida prática foi tomada, nenhuma assembleia foi convocada e a empresa segue sem dar satisfações!
O suicídio seria um problema social, mas longe de ter a ver com o trabalho! A empresa enviou até olheiros para o velório para evitar que os peões tivessem contato com a família, temendo que informações sobre o caso custassem para a empresa. É isto o que pensam os patrões: a produção não pode parar por conta de pequenos “detalhes” como esse…
Reafirmamos o que exigimos em panfleto distribuído na Cinpal:
1) Que os atestados de fora sejam aceitos pela Cinpal, sem necessidade de parecer interno!
2) Que os médicos que negaram o parecer do companheiro sejam imediatamente afastados do cargo!
3) Pela responsabilização jurídica da Cinpal no caso desse assassinato!
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Leia aqui Cornetadas da Cinpal, da edição de OC de fevereiro.