Transição Socialista

CRESCE O LARANJAL DE BOLSONARO

Gustavo Bebianno era o homem forte de Bolsonaro. Sujeito atlético, faixa preta em arte marcial, advogado, presidente do PSL (partido de Bolsonaro) na eleição, coordenador geral da campanha, e, por fim, Secretário-Geral da Presidência. Quando Bolsonaro virou presidente, Bebianno assumiu o cargo de maior confiança do presidente (o cargo de Secretário-Geral).

Bolsonaro e Bebianno, ou Patati e Patatá.

Pois é ele agora, Bebianno, que caiu por conta de corrupção. Enquanto fechamos esta edição, Bolsonaro tentava encontrar uma forma de demitir Bebianno sem que este atirasse para todos os lados e envolvesse o presidente em algum escândalo novo. Bebianno sabe de todo o caixa-dois do partido de Bolsonaro nas eleições. Ele tem todas as planilhas. Por isso, Bolsonaro queria demitir Bebianno e arranjar para ele um cargo em alguma estatal ou mesmo o cargo de embaixador do Brasil em Roma! Bolsonaro queria uma “saída honrosa” que garantisse foro privilegiado para Bebianno, para que este ficasse quieto frente às acusações.

O que fez Bebianno de errado? Utilizou candidatos laranjas (falsos, praticamente inexistentes) para desviar verbas. Por exemplo, uma mulher em Pernambuco recebeu mais de 400 mil reais, com os quais supostamente imprimiu milhões de panfletos. O que é mentira. O dinheiro para a “gráfica” foi para algum cofre escondido de Bolsonaro e seu grupo de bandidos. O mesmo aconteceu com mais três candidatas em Minas Gerais, num caso que envolve diretamente o Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro. Ao caso de Fabrício de Queiroz (motorista de Flávio Bolsonaro no RJ), ao caso da Natália de Queiroz (filha de Fabrício e assessora de Jair Bolsonaro), agora se somam mais um caso de Bebianno e três de Marcelo Álvaro. Que belo laranjal!

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