Em junho tem eleição da Comissão da PLR para escolher quem vai representar o chão de fábrica nas negociações com a TM relativas ao ano de 2019. A pressão da TM continua forte para produzirmos mais rápido e melhor, as metas continuam lá em cima e o peão se lascando nesse ritmo alucinado. Em 2017 o chão de fábrica recebeu 6,3 salários de PLR, pressionamos e arrancamos um pouco mais do que a TM queria ceder, sem a pressão da peãozada não ganharíamos nada.
Mas nossos problemas continuam com o salário arrochado a cada ano que passa, os pisos lá embaixo e o desemprego massivo lá fora botando medo em quem tem carteira assinada. Um prato cheio pra TM manobrar em cima da gente.
O primeiro passo para resistir a esse esmagamento econômico é nos organizando, agindo e decidindo como maioria dentro da empresa.
Por isso também a mínima democracia que temos hoje na TM, a eleição da Comissão da PLR, não pode ser desprezada por nós, é uma das formas para a peãozada tomar fôlego e conseguir se defender das inúmeras atrocidades cotidianas.
Por isso o chão de fábrica deve votar nos operários mais firmes e que levarão a posição da maioria para a mesa de negociação. Devemos rejeitar os candidatos laranjas que a TM lançar e ficar de olho em possíveis fraudes.
É preciso conversar com os companheiros de setor, longe dos olheiros safados. Definir os candidatos mais fortes e em quem votar, pois o respaldo de cada setor dará confiança aos companheiros eleitos, isso é fundamental.
Além da PLR há muitas coisas que os operários querem decidir: escala de trabalho, melhorias na segurança do trabalho, no transporte, fim das perseguições, equiparações salariais, etc. Há tanta coisa que a peãozada já sabe como resolver!
Os resultados financeiros de 2017 foram divulgados. A TM cresceu em 101% seu lucro líquido (ou seja, o lucro depois de retirados taxas e impostos), dobrando seu lucro em relação a 2016! Cresceu em 9% nas vendas nacionais e 25,7% nas vendas internacionais. A peãozada sabe que a sua fatia de PLR foi muito menor do que deveria ser e que os salários em uma empresa desse porte estão muito abaixo do que precisamos pra viver. Por isso não adianta torcer para a empresa lucrar, mas é preciso lutar pelo que é justo para nossas famílias!
Contra a exploração do patrão, organização do peão!