Transição Socialista

O movimento

O Movimento Negação da Negação (MNN) tem seu nome tirado da seguinte frase do revolucionário Karl Marx: “A produção capitalista produz, com a inexorabilidade de um processo natural, sua própria negação. É a negação da negação”. Sendo assim, defendemos a construção do socialismo como a negação da sociedade de mercado, sistema que diariamente nega à imensa maioria da população mundial o direito de ter uma vida digna, ainda que a base material para tanto esteja plenamente disponível.

Nos lançamos à luta em 2005, na época do escândalo do mensalão petista, quando caíram definitivamente as máscaras dos grandes personagens do PT e abriu-se uma nova avenida no campo da luta de classes no Brasil. Somos, portanto, integralmente contra o PT e sua tradição de conciliação com a classe dominante e o grande capital internacional.

Acreditamos e defendemos concepções programáticas diferentes das do PT e das que ainda hoje influem sobre a esquerda ex-petista, nas seguintes questões:

1. Grande parte da esquerda brasileira ainda tem ilusões de que o Estado capitalista pode ser administrado – basta ver que os programas de ação usuais resumem-se em reformas a serem exigidas dos governos. Décadas de atuação petista voltada ao parlamentarismo fizeram com que a esquerda abandonasse a centralidade nas lutas propriamente operárias. Do chão da fábrica, a luta de classes migrou, supostamente, para o parlamento – e agora cabe apenas discutir alianças com os velhos fantasmas da política nacional, como Collor de Melo, Sarney, Maluf e Renan Calheiros.

2. As concepções que o PT herdou do sindicalismo pelego, trabalhista ou stalinista, condicionaram as lutas da esquerda dentro do chamado “sindicalismo de resultados”, ou “programa mínimo”, que consiste em pequenos reajustes salariais (totalmente defasados diante da inflação) e acordos para demissões “voluntárias”. Trata-se de um programa que se encerra em si mesmo sem contradizer o capital e legitima, ao longo de anos, o rebaixamento histórico do nível de vida da classe trabalhadora.

Contra esses dois pontos, que apenas desmoralizam a esquerda, o MNN reivindica um programa transitório [veja em “Programa Único”, ao lado] contra o capital, de modo a erguer formas organizativas independentes e cada vez mais amplas para a derrubada do sistema capitalista.

O MNN luta também em escolas, universidades e comunidades contra a perda das liberdades democráticas, pelo amplo e irrestrito direito à manifestação e organização. A ditadura do capital, permanente dentro das fábricas, emerge a cada dia para o restante da sociedade, sobretudo por meio da repressão policial, dissolvendo os próprios princípios democráticos do Estado burguês.

Miséria, exploração e repressão são a cada dia sinônimos de barbárie. A sociedade do capital, sob o símbolo da morte, das guerras e da destruição da natureza, não tem futuro a oferecer. O capitalismo é uma utopia irracional. O socialismo é racional e possível!