Transição Socialista

Impeachment já! Bolsonaro na prisão!

17.06.2021

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1. bolsonaro deve ser derrubado e preso!
É acintoso! Como é possível que Bolsonaro ainda não tenha sido preso por sua atuação na pandemia? Veja-se sua política negligente em Manaus. Veja-se a defesa pública da cloroquina (como no discurso da “motociada”, na última semana).
A única coisa que explica por que Bolsonaro não foi derrubado e preso até agora é a politicagem nojenta que vive neste país. Não há qualquer racionalidade na condução dos problemas públicos/estatais, apenas as negociatas e jogo de poder. Quem ainda ouve falar do caso Queiroz? Das rachadinhas? A saída de Bolsonaro é a forma mais eficaz de pressionar o Estado a agir de forma minimamente racional, salvando mais vidas na pandemia.
É preciso colocar medo nos governantes!

2. operação abafa mira 2022
A tragédia é que há uma “operação abafa” em andamento. Há muita gente que se mexe contra Bolsonaro pra sair na foto, mas quer ele fique até 2022. Ora, por que não se fala mais da rachadinha de Flávio Bolsonaro? Resposta: porque muitos dos outros partidos também têm culpa no cartório. Por que não se fala da corrupção da familícia? Porque praticamente todos os partidos estão enlameados. Bolsonaro é para eles útil, seja para paralisar e destruir a onda anticorrupção dos últimos anos, seja para aumentar as chances eleitorais. A maioria da dita “oposição” a Bolsonaro quer vê-lo na urna.
Quem é o Procurador Geral da República, Augusto Aras, que tanto blinda Bolsonaro, querendo uma vaga no Supremo? Como se sabe, é petista de carteirinha. Da mesma forma, André Mendonça, atual Advogado Geral da União. Destaque-se: o atual responsável pela defesa institucional de Bolsonaro, André Mendonça, era até ontem capacho do PT. Quem deu habeas corpus para o ex-ministro Pazuello, para que não fosse preso na CPI? O Ministro do STF Lewandowski, um dos mais umbilicalmente vinculados ao PT de São Bernardo do Campo. Quem fez acordo com Bolsonaro para garantir sua governabilidade logo no começo de 2019? Toffoli, o ministro do STF mais vinculado a Lula.
Lula retornou de Brasília recentemente preocupado com a situação de Bolsonaro. Ele temia que Bolsonaro estivesse fraco demais. Afinal, se Bolsonaro cair, as chances de Lula ser eleito vão por água abaixo. Para o PT e para Lula, Bolsonaro deve ser mantido, apenas sangrando, até a eleição. Por isso Lula não elogiou o último ato contra Bolsonaro (dia 29/05), e somente depois de muito tempo, pressionado, fez uma pequena declaração. Exatamente como Bolsonaro, o PT faz cálculo eleitoral em cima dos mortos da Covid.
Abra o olho: estão tentando transformar estes atos em palanque eleitoral! Este mesmo, de hoje, em que você está. A única forma de minguar esse plano é radicalizando. É preciso fazer mais atos, mais frequentes. Sem essa de ficar chamando um ato por mês! É preciso parar as principais rodovias e acessos aos locais de trabalho. Responder cada ato de Bolsonaro com um ato no mesmo dia ou no dia seguinte! Ir pra rua de forma mais radical até o presidente cair!

3. “o capital não pode parar”
Bolsonaro tem que ser derrubado e preso por seus crimes. Mas engana-se quem acha que um presidente de “esquerda” faria muito diferente. Na Argentina, Alberto Fernández, kirchnerista, de “esquerda” (bota aspas nisso!), negou os emails da Pfizer para venda de vacina. Obrigado a se explicar, deu uma declaração que poderia ser copiada de Bolsonaro: afirmou que as “condições” da Pfizer eram muito exigentes e que “ela me pôs numa situação muito violenta de demandas, comprometendo o país” (sic).
No México, López Obrador, de “esquerda” (bota aspas nisso!), manteve-se desde o início contra as vacinas e contra medidas de distanciamento social/lockdown. Até o final de abril deste ano López Obrador falava que não ia tomar a vacina, porque já teria contraído o vírus, exatamente igual Bolsonaro! Além disso, afirmou que as medidas distanciamento social eram “autoritárias”,
restringindo direitos individuais. Exatamente igual a Bolsonaro!
O que todos eles têm em comum? Sejam de direita, sejam supostamente de “esquerda” (na verdade, também de direita), todos têm em comum que são favoráveis à manutenção da ordem do capital. Se faz lockdown, onde vai parar o lucro das empresas? E o PIB? E a economia? Sim, o capital sempre em primeiro lugar! Certamente não seria diferente se Haddad tivesse vencido a eleição no Brasil. Provavelmente ele não faria as declarações estúpidas e repugnantes de Bolsonaro, mas o que realmente importa para movimentar o vírus – as milhões de pessoas se locomovendo todo dia nas grandes cidades para ir ao trabalho – seria mantido.

4. é preciso dizer a verdade
A tragédia social deste país é gigantesca. A miséria cresce aceleradamente sob Bolsonaro, assim como cresceu acintosamente a exploração capitalista nos anos do PT (e estourou na revolta de junho de 2013).
Não há saída eleitoral/parlamentar. Quem quiser se iludir, fique à vontade. Quem quiser desperdiçar tempo de vida com a lógica do “menos pior”, igualmente.
Mas não há saída que não passe por uma grande e profunda transformação social – uma revolução. É preciso dizer claramente. Quanto antes nos unirmos e nos organizarmos para isso, mais rapidamente os problemas serão resolvidos. Os que em política querem um caminho supostamente mais fácil, de meio termo, de “menos pior”, tornam-se no final das contas sócios menores do massacre cotidiano.

 

fora bolsonaro! impeachment e prisão
para o presidente!
abaixo a politicagem com nossas vidas!
organizar e dar expressão à revolta popular!
parar as ruas, fábricas, escolas e universidades!

 

lute com a transição
socialista e o território livre!
Junte-se com nosso bloco de lutas pelo
impeachment já e pela prisão de Bolsonaro e
participe no próximo sábado de nossa atividade:

lições de junho (2013/2021)
Com as grandes manifestações que tomaram as ruas contra Bolsonaro, o mês de junho de 2021 foi inaugurado com grande expectativa de avanço das lutas e aumentando a possibilidade de queda do presidente. A fragilidade do governo, a crise econômica e política nacional, e a revolta dos trabalhadores, reavivam a memória de 8 anos atrás. Ali, em 2013, a luta dos trabalhadores e da juventude jogou pelos ares a governabilidade no Brasil, em resposta a um cenário de catástrofe social que então apenas se abria.
O que vivemos hoje no país não pode ser explicado sem assimilar o verdadeiro significado daquelas jornadas e seus desdobramentos. Por isso convocamos todos, uma semana depois das
manifestações do #19J, para discutir com a Transição Socialista e o Território Livre as lições de Junho de 2013 para os lutadores de 2021!

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