A absolvição da chapa Dilma-Temer no TSE foi o novo elemento da revelação do caráter de classe — burguês — de todas as instituições do Estado. Diferentemente do que falam vários analistas, não há uma judicialização da política, mas uma politização da justiça. A aparente judicialização da política era apenas a falência do poder legislativo e consequente assunção de protagonismo por parte do judiciário. Mas este, como não poderia deixar de ser, foi tragado pela crise política e revelou seu caráter de classe.
A casa caiu. Com a gravação do dono da JBS, o governo de Michel Temer acabou e não fará as reformas. Ele falava que afastaria ministros réus, agora terá de afastar a si mesmo. É hora de ir pra rua e não sair mais! É hora de ocupar Brasília!
Afinal, Cunha não era o grande inimigo do PT, o partido visado pela Lava-Jato? Como é possível que Moro esteja prendendo aquele que (para os petistas) seria um grande aliado seu? Cunha seria aquele que, segundo os petistas, ficaria sempre solto, provando que a Lava-Jato era um golpe reacionário (apoiado pelos EUA) para derrubar o PT. Com a prisão de Cunha, fracassa mais uma vez a tese petista, superficial, do “golpe”.
Demissões assolam a classe trabalhadora, enquanto cada novo capítulo do “petrolão” causa vergonha e indignação em todo o país. Quem é o principal culpado por esse estado de coisas? Dilma e o PT. O PT e a Dilma são os lideres dos corruptos.