A primeira peça do dominó burguês cairá – vai tarde, Dilma! Quem assume no lugar não é menos pior, mas afinal é preciso iniciar o processo por alguém. Que seja por Dilma! Iniciar um movimento que se voltará contra todos os burgueses e aproveitadores do povo. Agora é hora de garantir com todas as forças a queda da Dilma, mas já é possível atacar o próximo burguês de plantão e dizer em alto e bom som: “Temer, você é o próximo a cair!”
À luta, camaradas! Não temer o futuro! Organizar a classe operária com o programa transitório internacionalista!
A queda de Dilma, por impeachment ou não, cria melhores condições pra necessidade histórica de construção de uma nova direção revolucionária pros trabalhadores no Brasil. Não podemos justamente neste momento de acerto de contas estender sequer um dedo de apoio a esse governo, ao contrário, devemos ajudar a empurrá-lo.
Os acontecimentos políticos posteriores a março de 2015 diluíram o descontentamento, ou turvaram o caminho da conjuntura. Isso ocorreu porque a verdade iluminada pelo descontentamento da classe trabalhadora no início de 2015 não teve consequência. Essa verdade não foi pega e trabalhada (cultivada) pela vanguarda organizada da classe trabalhadora e, por isso, não foi mantida manifesta; ela refluiu e se escondeu, obscurecendo o caminho.
A despeito das análises que tomam o “lulismo” como consumado, esse fenômeno ainda não surgiu propriamente. Os elementos para que surja, é verdade, existem. Na tradição latinoamericana, em geral, aplica-se o -ismo a governos que negam a institucionalidade democrático-burguesa. São governos de caudilhos, mais ou menos arbitrários, autoritários e autocráticos. Fala-se, por exemplo, de “populismo” e lembra-se, em geral, do varguismo e do peronismo (para ficarmos nos casos mais conhecidos no nosso continente).
Hoje a forma mais eficaz de barrarmos os ataques do governo é dizendo em alto e bom som “Fora Dilma”.
Demissões assolam a classe trabalhadora, enquanto cada novo capítulo do “petrolão” causa vergonha e indignação em todo o país. Quem é o principal culpado por esse estado de coisas? Dilma e o PT. O PT e a Dilma são os lideres dos corruptos.