Este é o nosso segundo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista. Veja o primeiro texto no post anterior.
No primeiro texto, tratamos da posição vacilante do PSTU da conjuntura. Agora tratemos dos aspectos programáticos mais gerais. O segundo equívoco do texto programático do PSTU, a nosso ver, é a sua formatação para uma estratégia nacionalista. Ela enquadra e determina os traços socialistas-internacionalistas, que, por isso, secundarizados, ficam na prática suspensos.
O caso da venda da metalúrgica de aviação Embraer para a norte-americana Boeing é importante para discutir a política nacionalista/estatal dos sindicatos. Será que esse é o caminho para resolver os problemas da classe trabalhadora? Vamos aos fatos: a Embraer não é mais estatal. Foi privatizada em 1994 por FHC. […]
O palavrório sobre o suposto caráter nacional da Embraer é uma desculpa para capitular a uma política nacionalista de tipo pequeno-burguês, que quebra a independência da classe operária.
Trump é um populista-trabalhista, de forte tendência bonapartista (autoritária); é um símbolo do perigo a que a ordem bárbara, degenerada e decadente do capital nos conduz. O mesmo se dá com a ascensão do nacionalismo na Europa. Mas a esquerda que não entender que a base disso tudo é diminuição das condições de vida da classe trabalhadora não entenderá nada.