A crise da economia brasileira e mundial é tamanha que, mesmo a prometida “ponte para o futuro” de Temer, conduzida por um dos principais homens do capital no mundo das finanças, Henrique Meirelles, se mostra uma farsa de incompetentes e fanfarrões. A tão prometida “ponte” virou uma “pinguela”, como admitiu mesmo FHC. A única ponte para o futuro quem pode construir é a classe operária, junto com a vanguarda revolucionária, a partir das reivindicações transitórias citadas acima, as escalas móveis. Elas têm de ser trabalhadas visando à abertura da dualidade de poderes nos locais de trabalho. Essa é a questão chave da conjuntura.
O Rio de Janeiro, como já comentamos muitas vezes, é a melhor expressão dos anos de lulismo no Brasil. Lula e o PT conseguiram, no estado da Guanabara, acabar com todas as oposições (alas opositoras do PMDB, DEM, PSDB, etc.) e fundir toda a política numa geléia geral da corrupção. Claro, para isso foram necessários muito luta e muito dinheiro. Tudo se tornou a instituição do suborno, mas tudo se tornou também — via suborno — escanteamento de adversários.