A tarefa central dos revolucionários hoje no Brasil é impedir que a história se repita como farsa; quebrar esse processo acomodado e confortável em que o bom filho sempre à casa torna. É preciso romper o ciclo vicioso e abrir possibilidades novas, mais arriscadas, desconhecidas, mas que certamente levam a um caminho mais promissor. A “reorganização” da esquerda precisa levar à formação de uma organização de revolucionários, bolcheviques, vinculados à classe operária, inseridos nas principais forças produtivas brasileiras, armada de um programa dialético-transitório, ou não levará a lugar algum.
Nestas eleições o PSOL deverá ter, pela primeira vez, votos expressivos em várias capitais brasileiras. É preciso portanto refletir sobre a possibilidade de chegada ao poder municipal por esse partido.
A depuração do PSTU é, sem dúvida, um elemento positivo para o movimento da classe operária brasileira e internacional.
Os petroleiros de base da Petrobras mostram o caminho para a esquerda. Nos mais de 10 dias de greve, têm enfrentado suas direções conciliadoras (sobretudo ligadas à CUT), os fura-greves da administração, o engodo da direção da estatal, as repressões policiais e o cerco de silêncio da grande mídia. Ainda assim, seguem resistindo como podem: são mais de 11 refinarias e 58 unidades marítimas paralisadas. Segundo dados dos grevistas, quase metade da produção de petróleo teve de ser paralisada para que a voz do peão fosse ouvida. A greve nacional dos petroleiros é um fator muito importante para o conjunto da classe trabalhadora brasileira, dada a centralidade do setor energético na economia capitalista. Saudamos essa importante luta!
A revista Maisvalia foi uma publicação quadrimestral, que começou a ser lançada em 2007 e durou até 2010, totalizando 9 números. Por conter artigos de grande valor, publicaremos o arquivo digital da revista nesta e nas próximas semanas.