Depois de inúmeras negociatas (leia-se troca de favores e repasse de dinheiro), a reforma tende a ser aprovada sem grande resistência. A reforma será aprovada não porque estamos diante de um governo forte, ou porque a população não está revoltada. A verdade é que não há qualquer oposição séria e organizada a ela.
O governo Bolsonaro perdeu bastante força no último mês, mas, paradoxalmente, encontrou estabilidade que não via há tempos na última semana e meia. Quanto mais forte for a demonstração de força dos trabalhadores brasileiros no dia 14/06, maiores serão nossas chances de derrotar este governo.
A reforma da previdência passou com folga na CCJ da Câmara dos Deputados. Mas a traição das centrais é tão grande que é possível perguntar qual o interesse delas na reforma! A próxima “mobilização” será um showmício no feriado!
Os trapalhões tomaram o Planalto para agir como os petistas: trocar cupinchas lulistas por cupinchas bolsonaristas. O toma-lá-dá-cá voltou. Tudo se mantém como antes na “grande política”, pois é a essência da medíocre ordem burguesa. Mas, enquanto isso, o verdadeiro Brasil encaminha-se para o ingovernável.
Dia 19/02: às ruas contra a reforma da previdência! Enterrar de vez esse projeto nefasto, para enterrar de vez o frágil governo corrupto de Temer, produto perfeito da dominação burguesa no Brasil nas últimas décadas.
Todos atentos neste fim de ano! Tomar as ruas diante de qualquer sinal ou tentativa de aprovação das reformas! Não aceitar o indigesto presente natalino de Temer! Dar de presente a ele o fogo no Congresso! Pressionar a burocracia, pressionar a burocracia!
A destruição do movimento autônomo dos trabalhadores (que apenas começa a nascer) em nome do lulismo, é uma das piores tragédias que pode ocorrer ao proletariado brasileiro no próximo período histórico
No dia 15 de março haverá uma importante jornada de luta contra a reforma da previdência de Temer. A atividade é produto de uma ação articuladora da CSP-Conlutas, que pressiona demais centrais sindicais. Como insistimos em muitos textos, a unidade geral dos trabalhadores – a frente única de todos os sindicatos – é importante para começar a colocar a classe em movimento, e essa é a condição de qualquer mudança política. Estão corretos os companheiros da CSP-Conlutas que pressionam pela atividade unitária e pelo dia de luta.