Transição Socialista

Ruptura com o PSOL favorece a luta dos trabalhadores

Recentemente, militantes do PSOL, entre eles o professor Plínio de Arruda Sampaio Jr. (Plininho), publicaram uma carta oficializando a ruptura definitiva com o Partido. Poderíamos aqui enumerar todas as razões constantes na declaração que justificam tal movimento. Basta, no entanto, sintetizar em poucas palavras os motivos principais: a completa adaptação do PSOL às instituições burguesas desde meados da década de 2010, a recusa de qualquer luta propriamente socialista e independente e a capitulação explícita ao PT.

É necessário dizer mais uma vez que o PSOL morreu enquanto alternativa para o combate dos trabalhadores contra a dominação capitalista. Há tempos que a organização se subordina aos mandos e desmandos de Lula e do petismo, optando pela estratégia do apaziguamento e da conciliação de classes. Isso representou o abandono da construção de um programa revolucionário. Sem a mesma base social sobre a qual ergueu-se o PT, restou ao PSOL voltar para os braços do pai.

O marco desse processo vergonhoso foi o golpe burocrático da direção nas prévias partidárias para definir o candidato a presidente nas eleições de 2018. Sem a garantia de debates e deliberações internas democráticas, o lulista Guilherme Boulos foi unilateralmente escolhido como o representante do Partido.

Saudamos a iniciativa dos companheiros. Ressaltamos, por outro lado, que há quatro anos convidamos os revolucionários honestos do PSOL a deixarem o Partido. Reforçamos o convite. Construam conosco e com os demais lutadores socialistas uma nova organização, um novo partido realmente de esquerda e que sirva para o combate decisivo dos trabalhadores contra os capitalistas!    

O link da declaração segue aqui.