Quem paga a conta da ruína econômica, pra variar, é o peão. Desemprego, subemprego, salário baixo. E aí, quando chega a hora do reajuste salarial… Cadê? Será que ele dá conta do que perdemos o ano todo?
O peão não está ficando doido! O salário está cada vez mais curto! O fato é que o preço das mercadorias (do supermercado ao aluguel) sobe todo mês muito mais rápido do que nosso salário, que é reajustado anualmente (e olhe lá!). Os reajustes anuais destroem aos poucos os nossos salários. Depois de cinco ou dez anos, o poder de compra de uma determinada categoria cai cerca de 1/3! E em tempos de crise cai até mais rápido.
Reajuste mensal é a única saída!
O “ganho real” não é real. Isso porque, entre um reajuste e outro, perdemos mais do que ganhamos. O “ganho real” de hoje é perda real em dobro amanhã. Por isso, O Corneta defende o reajuste
de salários todo mês, seguindo a inflação dos produtos básicos do trabalhador. Vejamos o exemplo ao lado com o INPC (Índice Nacional de Preços do Consumidor). Vejamos com um salário hipotético de R$2000,00 em duas situações diferentes (com reajuste mensal e anual). Partimos do mesmo valor e consideramos 1º de setembro como data-base.
Note que o exemplo é de curto prazo e abarca a inflação baixa de 2017, tornando o prejuízo muito menor do que realmente ocorre para trabalhadores que estão em uma empresa há 5, 10, 15, 20 anos em diferentes contextos inflacionários. Numa situação de crise, a perda é muito mais rápida!
Ao longo dos anos, as perdas de um único trabalhador somam milhares de reais. Estancar essa perda, com o reajuste mensal, é o mínimo pelo que os sindicatos deveriam lutar!
Todo esse espaço vazio entre a inflação com reajuste mensal e anual é perda real acumulada para o trabalhador.