Os protestos dos “coletes amarelos” se iniciaram contra o aumentos dos combustíveis e a carestia de vida. Agora, tornaram-se diretamente protestos pela queda do presidente Emmanuel Macron. Há 19 semanas, todos os sábados os franceses vão às ruas, de forma cada vez mais radical.
Isabelle, 60 anos, há pouco aposentada, disse: “Se eu fosse mais jovem, ia pro enfrentamento. É a violência do Estado que vem primeiro, que produz a raiva”.
Jennifer, 39 anos: “Até aqui nas manifestações eu estava contra o quebra-quebra, mas agora já digo ‘foda-se’”.
Ana, 33 anos, carteira: “É genial que quebrem tudo, porque a burguesia está de tal forma abrigada em sua bolha, que é preciso fazê-la temer fisicamente por sua segurança”.
No 18º ato, manifestantes se reuniram na av. Champs-Elysées e botaram o terror na burguesia francesa: queimaram lojas de grife e o famoso restaurante Fouquet’s, onde o ex-presidente Nicolas Sarkozy foi comemorar a vitória nas eleições de 2007.
Amedrontado, o governo francês aprovou o uso do Exército para ajudar na repressão no último sábado, 23, dado que polícia já não dava mais conta.
Como dizem os franceses, “olhe seu Rolex, é hora da revolução!”