Depois que o presidente nicaraguense Daniel Ortega decretou uma reforma da previdência que atacava as aposentadorias, o pequeno país da América Central pegou fogo e não parou mais. Ortega está há 11 anos no poder e finge que é de esquerda para melhor atacar os trabalhadores (como Lula e Dilma fizeram no Brasil). As massas trabalhadoras tomaram as ruas em protesto, com enormes passeatas, barricadas e violentos conflitos contra a polícia e o exército. A mídia foi expulsa dos protestos. Estudantes ocuparam escolas, a Universidade Politécnica e a Universidade Nacional Agrária. Após cinco dias de protesto, Ortega resolveu cancelar a reforma da previdência, mas as massas agora não estão satisfeitas e querem a saída do governo.
O partido do governo, a FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), agora é acusado de organizar gangues armadas de repressão à população. A violência segue, até o momento (21/05), 65 pessoas foram mortas e 30 estão desaparecidas. Ortega, sem saber como responder ao ódio popular, diz que é “vítima do imperialismo dos EUA”.