O Corneta redigiu, em 09.04, uma carta contendo apelo de operários da Bardella de Sorocaba. Solicitamos ao Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região que interviesse no caso. Até o fechamento desta edição não recebemos resposta.
Entre outras coisas a carta dizia: “A planta de Sorocaba foi desativada e os trabalhadores lesionados se mantiveram dentro do corpo de funcionários. A eles foi oferecido o registro e o transporte diário para trabalho na planta de Guarulhos. (…) Simplesmente trouxeram um relógio de ponto de Guarulhos para Sorocaba e os trabalhadores alegam ter que bater ponto como se estivessem em Guarulhos. Além de haver atraso de salários, tais funcionários agora sequer recebem vale transporte. Dada essa transferência, tais operários não são mais representados pelo sindicato local (vinculado à CUT) e ainda não foram representados pelo sindicato de Guarulhos (vinculado à Força Sindical).”
Diante da falta de retorno do sindicato de Guarulhos, os operários de lá seguiram com suas queixas ao Corneta:
“Aqui continua na mesma. Dá impressão de que a Bardella não tem medo da justiça. Juridicamente é muito difícil, a fábrica vai cautelando, empurrando pra frente, não depositam o vale transporte há mais de duas semanas, e vão deixando pra quando chegar em 30 dias. Pra nos dispensar por justa causa? A justiça é lenta, mas eu estou lutando! Desde já obrigado pela força que vocês estão dando, principalmente pelo jornal. O sindicato em Sorocaba e em Guarulhos, infelizmente, a força que eles tinham acabou! Isso desanima. A empresa abriu para quem quiser ir embora. O diretor que restava foi transferido para a Duraferro e a secretária dele pediu a conta! Três meses sem salário e nós estamos aqui sem respaldo nenhum e de ninguém! Nossa situação é desesperadora!”
Abaixo, a carta enviada ao Sindicato.