No último dia 25 de setembro, trabalhadores argentinos se unificaram para fazer a quinta paralisação nacional unificada desde o início do governo Macri. Voos foram suspensos, pararam os transportes e serviços públicos, os bancos, postos de gasolina, portos e fábricas. Em meio às manifestações, o presidente do Banco Central renunciou, depois de três meses no cargo.
Os trabalhadores argentinos têm dado importantes sinais de força na luta contra os ataques do governo, que são muito parecidos com os daqui. No fim do ano passado, por meio de paralisações como essa, os trabalhadores conseguiram derrotar a versão argentina da reforma trabalhista igual à nossa. Agora, foram às ruas contra as medidas do governo para desvalorizar os salários. A inflação lá, que já acumula 25% neste ano, deve chegar em 45% até dezembro. Além de lutar contra o arrocho, os argentinos também pararam para dizer que não vão aceitar novas tentativas de cortar aposentadorias e pensões nem de aprovar a reforma trabalhista. Tomara que os ventos do sul cheguem logo em nosso país!