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Fizemos mais uma greve, por 30 dias, e voltamos a trabalhar pra receber a miséria de meio vale; mais uma vez o que caiu pra encher o nosso prato não foi feijão com arroz, mas só promessa. A empresa se reuniu com o sindicato no dia 22 e não levou nada sério; tinha dito, na assembleia que acabou com a greve, que ia dispensar quem quisesse sair pra pegar FGTS e seguro desemprego e até nisso deu pra trás! A gente já conhece essa história, as greves de 2017 ensinaram: sem salario, sem trabalho!
Agora tem outra historinha milagrosa: a reforma de Itaipu renderia um contrato pra botar ordem na casa! Marinha, Itaipu… chega de história! Quem tem que honrar seus compromissos é a Bardella, queremos nossos atrasados!
Na falta de algo concreto o peão desacredita até que é possível fazer greve de novo. Infelizmente, o patrão só entende essa língua, só que agora se tiver que fazer greve não dá mais pra ser com cafezinho dentro da empresa, com assédio pra trabalhar, nem com fura-greve!
Greve é na porta da fábrica, fazendo valer a voz da maioria. Se quando a greve perde, todo mundo veste o macacão, porque quando a greve volta uns vestem pijama, e outros entram pra trabalhar? É preciso avançar na organização do chão de fábrica e unir todo mundo que está com a corda no pescoço.
Para fortalecer o movimento:
Pra acabar com a boataria e a desinformação, tem que ter informe jurídico por escrito, não dá pra ficar só no diz-que-diz. Esse negócio de que Sorocaba é uma coisa e Guarulhos é outra só divide o movimento. O juiz é diferente, o sindicato é diferente, mas a empresa é uma só! O zap precisa funcionar a nosso favor! Unificar as informações ajuda a colocar a Bardella na parede!
Na greve, a história de tomar café dentro da fábrica foi uma porta aberta pro assédio em cima dos trabalhadores, isso facilita pros fura-greves! Dá pra organizar as nossas moedas, garantir nosso pão com manteiga e o nosso café na porta da fábrica! A maioria se organiza pra sua vontade ser respeitada.
Os motoristas estão sem receber, a peãozada tem até que empurrar ônibus na saída do trabalho pra voltar pra casa. Sem os motoristas, não tem nem assembleia. Estamos todos no mesmo barco.
O sindicato disse que não dá pra fazer greve de demitidos, só ato político em defesa deles. A ideia é ótima, O Corneta apoia. Trazer os demitidos e as sua famílias pra porta da fábrica e fazer barulho! Os demitidos e os empregados que não recebem (ou que estão com um pé no olho da rua) estão também no mesmo barco. É preciso unir as forças! A luta pra receber o salário é a mesma pra defender nossos empregos!