Acuado pela acusação de que recebeu US$ 5 milhões em propina do esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, terceiro nome na linha de sucessão presidencial, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou na sexta-feira passada sua ruptura com o governo Dilma, sinalizando que um novo período de turbulência vem pela frente na já profunda crise da política nacional.
A saída do PT do governo, ao favorecer a luta autônoma da classe trabalhadora, é hoje uma tática para acelerar o reagrupamento da esquerda revolucionária em torno de um novo projeto, ou melhor, em torno do velho projeto marxista da dualidade de poder.
O governo Dilma prepara o lançamento do PPE, o chamado Plano de Proteção ao Emprego, que prevê a diminuição de 30% da jornada de trabalho com igual diminuição dos salários. Isso significa dividir as nefastas consequências da crise econômica entre todos os trabalhadores empregados, livrando, assim, os capitalistas.
Há dois males que unificam todos os trabalhadores: a inflação e a demissão. Não importa a categoria, nem a conjuntura: esses dois problemas seguem avançando e destruindo a vida da maioria dos trabalhadores. Como eles são o eixo do ataque capitalista aos trabalhadores, a nossa resposta, a resposta da CSP-Conluias, deve ter como eixo a resistência contra esses dois males
Dilma e Aécio atenderão as mega-empresas que lhes financiaram. O povo será sua última prioridade (se é que será).
Não há opção para o trabalhador neste 2o turno. É como escolher o molho com o qual será devorado, ou o melhor carrasco.
Saia dessa lógica! Não fica entre o erro e o engano. Não se comprometa com os aproveitadores do povo. Não compactue. Não suje suas mãos com a lama deles. Vote nulo! (…)