Esta é a terceira e última parte da crítica às posições eleitorais apresentadas pelo PSTU nestas eleições. Nesta parte do texto buscamos mostrar como a concepção de longo prazo do PSTU, propriamente estatista, contraria as posições dos clássicos do marxismo sobre o Estado.
O segundo ciclo dos nossos grupos de estudo, chamado “Marx e o Estado”, discutirá as concepções de Marx sobre o Estado, mostrando, com base na leitura rigorosa dos textos do autor, como elas destoam, em grande medida, da maior parte das concepções predominantes da esquerda sobre o papel do Estado.
A maior parte dos seguidores políticos de Marx tem uma concepção equivocada sobre o Estado. Ou defendem reivindicações estatistas, que Marx abertamente crítica (por serem defensáveis pelo capital), ou querem gerir o Estado burguês (adaptados ao “cretinismo parlamentar”), ou caem no mito da “coisa pública” como invariavelmente progressista (ignorando que ela pode ser exploradora-capitalista). Esclareceremos, com base nos próprios textos de Marx, por que tais posições estão equivocadas.
A aprovação do novo marco sanitário pelo Senado gerou polêmica na “esquerda” brasileira. A maioria repudiou, com discurso estatista-keynesiano. Mas o que Marx achava da dicotomia “público” versus “privado”? Não seria essa dicotomia mais uma expressão da miséria programática da “esquerda”?
1. A origem Os termos esquerda e direita na política têm origem na Revolução Francesa. Num processo que foi marcado pela formação da Assembleia Nacional em 1789, sua substituição pela Assembleia Legislativa em 1791, pela convocação da Convenção Nacional em 1792, pela tomada do poder pelos Jacobinos em 1793, pelo […]
Nos últimos meses, a crise política aberta no país tem arranhado mais e mais a imagem do Estado e dos políticos, que aparecem aos olhos da população cada dia mais próximos do que realmente são.