Esta é a segunda tese aprovada no Congresso do MNN, realizado no início de abril de 2017. Ela deve ser lida estreitamente vinculada à primeira tese de nosso Congresso (acesso aqui). As notas de rodapé, indicadas no corpo do texto entre colchetes, encontram-se ao final do texto. Assim como, até […]
Tanto as análises dos meios de comunicação de grupos burgueses quanto as da maioria das organizações da esquerda socialista já esclareceram, até a exaustão, que Trump conseguiu canalizar o descontentamento de uma expressiva camada da população trabalhadora norte-americana, descontente com as guerras dirigidas por seu país; descontente com o fechamento de fábricas e sua transferência para outros países; descontente, acima de tudo, com a queda acelerada de seu nível de vida nas últimas décadas.
Em momentos de crise a verdade do sistema é revelada: o capital é obrigado a reconhecer, mesmo indiretamente, a toxidez financeira sobre a qual se eleva e, por outro lado, impõe-se a racionalidade da lei do valor-trabalho contida nas mercadorias.
Em todo o mundo assiste-se a um processo de crise da burguesia enquanto classe, econômica e politicamente. Ele tem assumido um caráter agudo nos últimos dias, graças ao derretimento acelerado da economia capitalista mundial. O mês de janeiro registrou a maior queda nas principais bolsas de valores mundiais desde o estouro da crise econômica em 2007-2008.
O que o retorno agudo da crise guarda hoje para a classe trabalhadora? Sabe-se que a sabedoria chinesa expressa a noção de crise por dois ideogramas: um é referente à ideia de “risco”, o outro à de “oportunidade”.
O texto abaixo é um pronunciamento feito por Nick Beams em reuniões públicas em Sydney e Melbourne nos dias 9 e 15 de abril de 2008.