É hora de ir às ruas! O “Fora Bolsonaro” é a palavra de ordem que deve ser erguida, junto com a defesa de empregos e salários. Isso pode trazer amplos setores às ruas, e não a defesa abstrata da “democracia”.
A saída de Moro foi preparada por Bolsonaro junto com os líderes do corrupto centrão. Estes defenderiam Bolsonaro de um impeachment, mas em troca queriam a saída do ministro e muitos cargos. O PT, toda vez que há chance real de Bolsonaro sair, recua, pois tudo o que Lula quer é enfrentar Bolsonaro em 2022 (e vice-versa). Uma esquerda de verdade tem de ser absolutamente contra Bolsonaro e Lula.
A manutenção deste governo capenga demonstra grande conciliação entre setores aparentemente antagônicos. Tanto o lulismo quanto o bolsonarismo optam por cozinhar a situação atual para manterem-se vivos.
O poder executivo federal publicou a Medida Provisória 936. Em linhas gerais, trata-se do mesmo mecanismo estabelecido pelo Programa de Proteção ao Emprego do governo Dilma, em 2015. A recessão de 2015/2016 deixou um legado de 13,3 milhões de desempregados. Esta deixará qual legado?
O país caminha completamente às cegas enquanto Bolsonaro estiver à frente da nação. Portanto, o primeiro passo para qualquer ação sanitária minimamente racional, hoje, é o afastamento do presidente. A saída de Bolsonaro, e a subsequente instabilidade burguesa, abre espaço para uma ação mais decisiva da classe trabalhadora frente à crise.