Este é o nosso segundo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista. Veja o primeiro texto no post anterior.
No primeiro texto, tratamos da posição vacilante do PSTU da conjuntura. Agora tratemos dos aspectos programáticos mais gerais. O segundo equívoco do texto programático do PSTU, a nosso ver, é a sua formatação para uma estratégia nacionalista. Ela enquadra e determina os traços socialistas-internacionalistas, que, por isso, secundarizados, ficam na prática suspensos.
Muito se comenta sobre a recente crise no Oriente Médio frente ao assassinato do general Qassem Soleimani e de Abu Mehdi al Muhandis pelos Estados Unidos no início deste ano. A chamada “esquerda” socialista prontamente repudiou o assassinato tendo em vista, por esse meio, erguer uma luta “anti-imperialista” no Oriente Médio. Ora, não são as lutas de classes internas ao Irã que deveriam pautar a estratégia revolucionária nesse país? Será que é por meios assim que uma luta “anti-imperialista” deveria se impor? Sob qual contexto se deu a morte do general e, mais importante, a que serviu esse assassinato?
O texto a seguir é a segunda tese do II Congresso da Transição Socialista, realizado em março de 2019. As notas de rodapé estão ao final do texto.