De joelhos, mas não derrotado — eis a imagem do governo Temer hoje. Todavia, ilude-se quem acha que o filme de terror da quarta-feira passada foi uma demonstração de força do governo. Temer foi absolvido no covil brasiliense não porque é forte, mas porque é fraco. Temer foi absolvido não porque “soube negociar o que Dilma não sabia”, mas simplesmente porque não há oposição real a ele.
O texto a seguir é a terceira tese do congresso do MNN, realizado no início de abril deste ano. Para acessar demais textos do congresso, clicar aqui. As notas de rodapé estão ao final do texto. A economia brasileira busca agora um ponto de virada, para o qual os esforços […]
Desde o início da crise política atual (março de 2015), toda vez que um governante acha que consegue rebater a crise e se segurar, supondo refluir o descontentamento, é em seguida surpreendido por uma onda ainda maior, que lhe enfraquece mais. Foi assim com Dilma: seu governo foi descendo a […]
Já há um ano aprofunda-se um curioso processo: as investigações da Lava-Jato cercam vários partidos, não só o PT. Isso se dá desde que Temer assumiu a presidência. As teias de corrupção que envolvem PMDB e PSDB no mesmo sistema corrupto do PT ficaram cada vez mais expostas. Mesmo antes do impeachment da Dilma falávamos que isso necessariamente ocorreria. Os petistas criticavam-nos, falando que a Lava-Jato era seletiva, e que assim que caísse a Dilma tudo refluiria. Também os pmdbistas acreditavam nisso, vide o famigerado “plano Jucá” para “estancar a sangria” e salvar Lula (conversas gravadas entre Romero Jucá e Sério Machado).
Antes de responder a essa questão, é preciso refletir rapidamente sobre a conjuntura nacional; é preciso entender o que se passa em nosso país tanto social quanto politicamente.
A vitória de João Dória na maior cidade do país, São Paulo, é analisada como comprovação da tese da “onda conservadora”. Mas será isso verdade? Dória (PSDB) venceu inesperadamente no primeiro turno com 53,29% dos votos. Em primeiro lugar, deve-se notar que João Dória perdeu para o “não voto”. Foram […]
A primeira peça do dominó burguês cairá – vai tarde, Dilma! Quem assume no lugar não é menos pior, mas afinal é preciso iniciar o processo por alguém. Que seja por Dilma! Iniciar um movimento que se voltará contra todos os burgueses e aproveitadores do povo. Agora é hora de garantir com todas as forças a queda da Dilma, mas já é possível atacar o próximo burguês de plantão e dizer em alto e bom som: “Temer, você é o próximo a cair!”
À luta, camaradas! Não temer o futuro! Organizar a classe operária com o programa transitório internacionalista!
Durante esta semana, em meio ao aprofundamento das denúncias da Operação Lava-jato, foi noticiado que setores do PT estariam dispostos a iniciar um diálogo com o PSDB.
Dilma e Aécio atenderão as mega-empresas que lhes financiaram. O povo será sua última prioridade (se é que será).
Não há opção para o trabalhador neste 2o turno. É como escolher o molho com o qual será devorado, ou o melhor carrasco.
Saia dessa lógica! Não fica entre o erro e o engano. Não se comprometa com os aproveitadores do povo. Não compactue. Não suje suas mãos com a lama deles. Vote nulo! (…)