A Toyota já está passando o facão nas fábricas de Sorocaba e Porto Feliz (SP). Até agosto vão 840 peões pra rua! A empresa fechou o terceiro turno que durou 9 meses com trabalhadores com contrato temporário! Não é uma beleza a Reforma Trabalhista? Eis os empregos que gerou!
Acontece que o facão se modernizou e agora é chamado de “não-renovação” do contrato de trabalho. É o melhor dos mundos, pois as indústrias finalmente têm aquilo que chamam de “estabilidade jurídica” para massacrar os operários. Massacra com a mão na Constituição.
A demissão em baciada veio porque a Argentina parou de comprar carro, tá em crise! A estimativa de produção anual passou de 160 mil para 125 mil carros, diz o sindicato que também informa que a empresa está com estoque alto após jornadas estendidas. O impacto do fechamento de turno na Toyota já levou a cerca de 160 demissões em outras fábricas do entorno, como Kanjiko e Schaeffler. O sindicato fala em garantir investimentos, quando pro peão isso está longe de garantir os postos de trabalho.
Luta 4.0: escalas móveis
É preciso que o chão de fábrica se defenda do facão e do arrocho salarial começando por cláusulas justas no contrato de trabalho. Se o patrão busca mobilidade na produção, nós também buscamos mobilidade para defender nossas famílias
Mobilidade salarial: reajuste mensal dos salários de acordo com a inflação dos produtos básicos! Nenhum grão a menos!
Mobilidade da jornada: redivisão das horas de trabalho necessárias entre todos os operários da empresa, evitando qualquer demissão. Se agora são 125 mil carros, sem problema, mas fica o mesmo pessoal. Nenhum companheiro deve ser descartado por causa do sobe e desce do mercado!