Reproduzimos a carta enviada por Rodney Álvarez, preso há dez anos e condenado injustamente pela ditadura de Nicolás Maduro, a diversas organizações para sua divulgação, e seguimos protestando por sua libertação imediata.
Nesta semana, recebemos a revoltante notícia da condenação do lutador Rodney Álvarez na Venezuela. Dez anos atrás, Álvarez foi preso por se levantar contra a miséria capitalista que vige na Venezuela do chavismo e lutar em defesa das condições de vida dos trabalhadores venezuelanos.
Nesta segunda, 10/02, ocorreu nova audiência do processo contra Rodney Álvarez. Diante disso, o companheiro iniciou uma greve de fome. O texto a seguir foi enviado pela TS para atividade pela libertação de Álvarez, convocada pelos companheiros da organização Razón y Revolución.
Rodney Álvarez, operário de Ferrominera: “Só me resta dizer aos que me capturaram e aos meus sequestradores: em algum momento da história serão vocês os sentados no banco dos réus em que me encontro, e prestarão contas de seus atos criminosos, de suas mãos sujas de sangue proletário, e podem ter certeza de que terão um julgamento gratuito, simples e expresso.”
Onde estão Alcedo Mora e os outros 24 trabalhadores desaparecidos? Aparição com vida de todos os sequestrados pelo Estado venezuelano. Esclarecimento do assassinato dos 262 dirigentes sociais. Investigação independente, julgamento e punição aos responsáveis.
É tarefa fundamental reunir a esquerda da América Latina que não capitulou às charlatanices da “esquerda” burguesa. Hoje, quando a crise na Venezuela é um divisor de águas, salta aos olhos, mais do que nunca, o caráter nefasto da submissão ao chavismo, ao petismo, ao kirchnerismo etc.
A queda de Maduro é o ponto de partida para desatar contradições ainda maiores, onde pode se ampliar a luta dos trabalhadores. Nenhum problema da classe trabalhadora venezuelana pode ser resolvido hoje sem passar por sua derrubada. Do contrário, as massas trabalhadoras ficarão desmoralizadas e melindradas. A aliança com a oposição burguesa a Maduro deve ser apenas pontual, nas ruas: bater juntos, marchar separados. A hora dessa oposição inconsistente também chegará.
Texto de Eduardo Sartelli (Razón y Revolución): Nem Bolsonaro nem Trump intervirão antes que Maduro caia. Nesse momento, apostarão que a oposição controle a situação. Apenas no caso de estabelecimento de um governo de tipo revolucionário intervirão militarmente.
A onda de violência nos embates entre o governo e a oposição se intensifica na Venezuela: com os conflitos da última semana, chegou a 37 o número de mortos na repressão recente aos protestos, tanto pela polícia quanto pelos grupos armados paraestatais sustentados pelo chavismo, conhecidos como “coletivos”. Os feridos já são mais de 700.