Sobre o dia 28/04 — dia de paralisação nacional contra os ataques do governo de Michel Temer/ Henrique Meirelles —, cabe destacar elementos positivos e negativos que se manifestaram. Além do correto elogio, é preciso pensar suas fragilidades e limites, para encontrar conscientemente a melhor forma de superá-los.
1. Diluição do sistema político e erguimento de uma figura, Lula, como necessidade lógica; 2. fim do regime do Estado Democrático de Direito (no qual todas as frações burguesas estão representadas) em nome de um regime de Estado mais centralizador e repressor dos menores setores burgueses; ou seja: migração do regime democrático burguês para um regime ditatorial burguês (uma forma mais explícita e direta da ditadura da classe burguesa); 3. criação e mobilização de bandos de combate à classe trabalhadora, a partir da estrutura das burocracias sindicais (CUT, CTB e outros), bem como dos movimentos que trabalham com proletários empobrecidos (MST, MTST e outros), dependentes de políticas do Estado burguês.
Por iniciativa dos companheiros da CSP-Conlutas, tendo à sua frente o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região/SP, foi articulado com importantes sindicatos metalúrgicos de todo o país um novo dia de paralisação da classe operária: 29 de setembro. Trata-se de um dia de luta contra as medidas que o governo Temer pretende implementar, sobretudo as reformas da previdência e trabalhista.
A primeira peça do dominó burguês cairá – vai tarde, Dilma! Quem assume no lugar não é menos pior, mas afinal é preciso iniciar o processo por alguém. Que seja por Dilma! Iniciar um movimento que se voltará contra todos os burgueses e aproveitadores do povo. Agora é hora de garantir com todas as forças a queda da Dilma, mas já é possível atacar o próximo burguês de plantão e dizer em alto e bom som: “Temer, você é o próximo a cair!”
No próximo dia 16/08 ocorrerão paralisações e atos de trabalhadores de empresas privadas e públicas em diversos locais do Brasil. Trata-se de um dia nacional de luta contra as reformas trabalhista e previdenciária.
À luta, camaradas! Não temer o futuro! Organizar a classe operária com o programa transitório internacionalista!
O texto que ora publicamos, do professor Dr. Hector Benoit, é uma análise de fundo sobre a atual conjuntura. A análise foi produzida em 2006. Apesar de ter já 10 anos, a análise é clarividente e plenamente atual. É com base nela que o MNN, ainda hoje, formula suas políticas de atuação na atual conjuntura de crise do governo petista. Ao final deste texto contamos ainda com um “apêndice” produzido pelo professor Benoit para esta publicação.
Neste momento só um milagre salva o governo Dilma. Quadros importantes do PT (no parlamento ou fora) já jogaram a toalha. Grande parte dos movimentos sociais jogou a toalha.
A verdade está mais uma vez com a classe operária. Esta semana ela desmontou uma farsa montada pelos pelegos sindicais da CUT no ABC, e, para não deixar dúvidas, apontou novamente o caminho para a esquerda socialista nesta conjuntura.