As centrais sindicais CSP-Conlutas, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT estão convocando para o dia 10 de agosto um dia nacional de mobilização, lutas e paralisações contra uma situação cada vez mais desesperada da classe trabalhadora brasileira, ameaçada pela crise, pelo desemprego, pela piora das suas condições de […]
Falta emprego para 27,7 milhões de pessoas em nosso país, segundo dados do IBGE. É um novo recorde, atingindo 25% da força de trabalho brasileira. Uma em cada quatro pessoas em idade de trabalho está desempregada ou fazendo “bico”.
Depois de um longo período de ataque aos trabalhadores, e apesar da resistência das greves e dos protestos do chão de fábrica, os patrões da Bardella tiveram uma conquista: uma força de trabalho cerca de 35% mais barata.
A situação da economia nacional não oferece qualquer perspectiva de melhora para a classe trabalhadora. A única saída para os trabalhadores tem que ser construída por sua conta e risco.
Os acontecimentos políticos posteriores a março de 2015 diluíram o descontentamento, ou turvaram o caminho da conjuntura. Isso ocorreu porque a verdade iluminada pelo descontentamento da classe trabalhadora no início de 2015 não teve consequência. Essa verdade não foi pega e trabalhada (cultivada) pela vanguarda organizada da classe trabalhadora e, por isso, não foi mantida manifesta; ela refluiu e se escondeu, obscurecendo o caminho.
Em momentos de crise a verdade do sistema é revelada: o capital é obrigado a reconhecer, mesmo indiretamente, a toxidez financeira sobre a qual se eleva e, por outro lado, impõe-se a racionalidade da lei do valor-trabalho contida nas mercadorias.
Cria-se no Brasil, estruturalmente, de forma decisiva e talvez sem volta, uma geração sem futuro e sem perspectivas. Os índices de inadimplência, miséria, mendicância, bem como de doenças associadas ao desemprego e à improdutividade, como depressão e suicídios, já dispararam e tendem a ter um novo influxo.