Um senador foi preso no exercício de sua função. O petista Delcídio do Amaral é símbolo dos tempos agudos e extraordinários que atravessamos. No áudio que o derrubou ninguém escapou: toda a fina flor da lamacenta política nacional apareceu associada a um projeto de uso privado do Estado.
A despeito das análises que tomam o “lulismo” como consumado, esse fenômeno ainda não surgiu propriamente. Os elementos para que surja, é verdade, existem. Na tradição latinoamericana, em geral, aplica-se o -ismo a governos que negam a institucionalidade democrático-burguesa. São governos de caudilhos, mais ou menos arbitrários, autoritários e autocráticos. Fala-se, por exemplo, de “populismo” e lembra-se, em geral, do varguismo e do peronismo (para ficarmos nos casos mais conhecidos no nosso continente).
A combinação da crise das instituições burguesas com a crise econômica tem colocado os governos dos mais diversos partidos e o Congresso Nacional numa situação limite. Além do profundo desgaste provocado pelos escândalos de corrupção, os governos e o Congresso têm sido obrigados a desvelar seu caráter de classe, ao atacar os direitos dos trabalhadores em nome da continuidade do pagamento da dívida pública aos credores capitalistas.
Durante esta semana, em meio ao aprofundamento das denúncias da Operação Lava-jato, foi noticiado que setores do PT estariam dispostos a iniciar um diálogo com o PSDB.
O governo Dilma prepara o lançamento do PPE, o chamado Plano de Proteção ao Emprego, que prevê a diminuição de 30% da jornada de trabalho com igual diminuição dos salários. Isso significa dividir as nefastas consequências da crise econômica entre todos os trabalhadores empregados, livrando, assim, os capitalistas.
Hoje a forma mais eficaz de barrarmos os ataques do governo é dizendo em alto e bom som “Fora Dilma”.
O V Congresso do Partido dos Trabalhadores foi absolutamente bem sucedido na finalidade para o qual foi realmente marcado: aprovou a proposta pela formação de uma coalizão ampla, uma frente de “esquerda” que dê base ao Lula-2018. Esse é o núcleo da chamada “Carta de Salvador”, aprovada. É sobre essa proposta de “Frente Ampla” que falaremos aqui.
Demissões assolam a classe trabalhadora, enquanto cada novo capítulo do “petrolão” causa vergonha e indignação em todo o país. Quem é o principal culpado por esse estado de coisas? Dilma e o PT. O PT e a Dilma são os lideres dos corruptos.
Dilma e Aécio atenderão as mega-empresas que lhes financiaram. O povo será sua última prioridade (se é que será).
Não há opção para o trabalhador neste 2o turno. É como escolher o molho com o qual será devorado, ou o melhor carrasco.
Saia dessa lógica! Não fica entre o erro e o engano. Não se comprometa com os aproveitadores do povo. Não compactue. Não suje suas mãos com a lama deles. Vote nulo! (…)
A trajetória política de Gushiken não pode servir de guia para as gerações futuras. A atual geração, que organizou manifestações de massa há muito esquecidas, saberá, sem dúvida, escolher seus ídolos. Entre eles não estarão, certamente, Gushiken e seus companheiros.