O texto abaixo é um panfleto do MNN, distribuído no encontro da Coordenação Nacional da central sindical Conlutas nesta sexta, sábado e domingo, 9, 10 e 11 de junho.
Esta é a segunda tese aprovada no Congresso do MNN, realizado no início de abril de 2017. Ela deve ser lida estreitamente vinculada à primeira tese de nosso Congresso (acesso aqui). As notas de rodapé, indicadas no corpo do texto entre colchetes, encontram-se ao final do texto. Assim como, até […]
O dia 24 de maio de 2017 – dia da ocupação de Brasília – torna-se relevante para a luta da classe trabalhadora brasileira na exata medida em que evidencia a importância fundamental de um partido de combate.
Desde o início da crise política atual (março de 2015), toda vez que um governante acha que consegue rebater a crise e se segurar, supondo refluir o descontentamento, é em seguida surpreendido por uma onda ainda maior, que lhe enfraquece mais. Foi assim com Dilma: seu governo foi descendo a […]
Panfleto do MNN para o ato “Fora Temer” deste domingo, 21/05, na Av. Paulista, em São Paulo.
Já há um ano aprofunda-se um curioso processo: as investigações da Lava-Jato cercam vários partidos, não só o PT. Isso se dá desde que Temer assumiu a presidência. As teias de corrupção que envolvem PMDB e PSDB no mesmo sistema corrupto do PT ficaram cada vez mais expostas. Mesmo antes do impeachment da Dilma falávamos que isso necessariamente ocorreria. Os petistas criticavam-nos, falando que a Lava-Jato era seletiva, e que assim que caísse a Dilma tudo refluiria. Também os pmdbistas acreditavam nisso, vide o famigerado “plano Jucá” para “estancar a sangria” e salvar Lula (conversas gravadas entre Romero Jucá e Sério Machado).
A onda de violência nos embates entre o governo e a oposição se intensifica na Venezuela: com os conflitos da última semana, chegou a 37 o número de mortos na repressão recente aos protestos, tanto pela polícia quanto pelos grupos armados paraestatais sustentados pelo chavismo, conhecidos como “coletivos”. Os feridos já são mais de 700.
Sobre o dia 28/04 — dia de paralisação nacional contra os ataques do governo de Michel Temer/ Henrique Meirelles —, cabe destacar elementos positivos e negativos que se manifestaram. Além do correto elogio, é preciso pensar suas fragilidades e limites, para encontrar conscientemente a melhor forma de superá-los.
No dia 15 de março haverá uma importante jornada de luta contra a reforma da previdência de Temer. A atividade é produto de uma ação articuladora da CSP-Conlutas, que pressiona demais centrais sindicais. Como insistimos em muitos textos, a unidade geral dos trabalhadores – a frente única de todos os sindicatos – é importante para começar a colocar a classe em movimento, e essa é a condição de qualquer mudança política. Estão corretos os companheiros da CSP-Conlutas que pressionam pela atividade unitária e pelo dia de luta.
A crise da economia brasileira e mundial é tamanha que, mesmo a prometida “ponte para o futuro” de Temer, conduzida por um dos principais homens do capital no mundo das finanças, Henrique Meirelles, se mostra uma farsa de incompetentes e fanfarrões. A tão prometida “ponte” virou uma “pinguela”, como admitiu mesmo FHC. A única ponte para o futuro quem pode construir é a classe operária, junto com a vanguarda revolucionária, a partir das reivindicações transitórias citadas acima, as escalas móveis. Elas têm de ser trabalhadas visando à abertura da dualidade de poderes nos locais de trabalho. Essa é a questão chave da conjuntura.