Este é o nosso décimo segundo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Como parte da rememoração dos 150 anos da Comuna de Paris, publicamos três textos, dois de Lênin e um de Trotsky, que fazem balanços sobre essa fundamental experiência histórica de luta da classe trabalhadora, a primeira vez em que o proletariado foi capaz de tomar o poder e destruir o aparelho do Estado burguês – mas, infelizmente, não foi capaz de mantê-lo e expandi-lo.
Em homenagem à Comuna, publicamos hoje uma análise de U. Bueno sobre a “A Guerra Civil na França”, obra seminal de Marx que analisa esse processo revolucionário, e publicaremos nos próximos dias textos de Trotsky e Lênin sobre o mesmo tópico.
Nessa quinta-feira, 18 de março, completam-se 150 anos da Comuna de Paris, o primeiro governo dos trabalhadores da história do proletariado internacional, que tomou o controle de Paris de 18 de março até 28 de maio de 1871, data do fim da repressão sangrenta que se abateu sobre os trabalhadores parisienses.
O segundo ciclo dos nossos grupos de estudo, chamado “Marx e o Estado”, discutirá as concepções de Marx sobre o Estado, mostrando, com base na leitura rigorosa dos textos do autor, como elas destoam, em grande medida, da maior parte das concepções predominantes da esquerda sobre o papel do Estado.
1. A origem Os termos esquerda e direita na política têm origem na Revolução Francesa. Num processo que foi marcado pela formação da Assembleia Nacional em 1789, sua substituição pela Assembleia Legislativa em 1791, pela convocação da Convenção Nacional em 1792, pela tomada do poder pelos Jacobinos em 1793, pelo […]
O texto retoma a experiência da organização partidária desde as origens do movimento operário, passa pela transformação das organizações de trabalhadores em organizações de massa até chegar à experiência conduzida por Lênin na Rússia, que rompe com as limitações dessas formas organizativas predecessoras em uma síntese superior, que está assentada na própria dialética revolucionária de Marx, expressa no Capital.