O bolsolulismo é a principal corrente política em Brasília hoje. O nome de Aras para a PGR foi indicação velada de Jaques Wagner, quem hoje dá as cartas do PT em Brasília. Aras é a materialização do acordo Bolsonaro-PT. A CPI da Lava-Toga, entretanto, pode quebrar o acordão.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou no início de mês abril o panorama das greves no Brasil em 2018. O número acompanha o ciclo de greves que emergiu mais claramente a partir de 2013, mas indica uma curva de desaceleração desde 2017, registrando um momento de refluxo da luta da classe. O atual ciclo de greves revelado pelo DIEESE comprova: a crise da classe trabalhadora é a sua crise de direção revolucionária.
O serviçal corrupto da Burguesia, Lula, está há um ano na prisão. Não temos nada a lamentar, somente a torcer: que não saia! Se a crise de dominação da burguesia faz com que ela brigue entre si, tanto melhor para os trabalhadores!
A prisão de Temer comprova a falência intelectual dos petistas e aliados (como a direção do PSOL), que encheram o saco de todos com a tese do “golpe”. Tais setores não têm mais propósito de existência, senão o de mentir à população e às suas bases.
O chamado “Dia D” da oposição burguesa a Maduro foi um fracasso. Essa “oposição” é frágil. Ainda há um vazio importante de direção da revolta popular contra Maduro, vazio que esquerda revolucionária deveria ocupar. Marx dá lições claras sobre como fazê-lo.
Os principais ideólogos da burguesia sabem dos riscos de um processo revolucionário na Venezuela na própria derrubada de Maduro. E preparam-se para evitar isso. A “esquerda”, todavia, em vez de incentivar a possibilidade revolucionária, faz fila atrás de Maduro e seu governo ditatorial.
A queda de Maduro é o ponto de partida para desatar contradições ainda maiores, onde pode se ampliar a luta dos trabalhadores. Nenhum problema da classe trabalhadora venezuelana pode ser resolvido hoje sem passar por sua derrubada. Do contrário, as massas trabalhadoras ficarão desmoralizadas e melindradas. A aliança com a oposição burguesa a Maduro deve ser apenas pontual, nas ruas: bater juntos, marchar separados. A hora dessa oposição inconsistente também chegará.
Texto de Eduardo Sartelli (Razón y Revolución): Nem Bolsonaro nem Trump intervirão antes que Maduro caia. Nesse momento, apostarão que a oposição controle a situação. Apenas no caso de estabelecimento de um governo de tipo revolucionário intervirão militarmente.
Cada vez mais emaranhado na trama de corrupção de seu próprio filho, Jair Bolsonaro torna-se impotente. É esse tigre de papel que a “esquerda” radical tanto temia, a ponto de capitular uma vez mais ao PT?
Mal foi eleito, Jair Bolsonaro já desapareceu. Esfumaçou. Primeiro foi Paulo Guedes, agora é Moro. Os figurões sombreiam o presidente, a ponto de se perguntar: quem mandará no país? E mais: ambos super-ministros discordam da maioria das maluquices de Bolsonaro.