Ver PDF aqui. Passados seis meses que o Governo Lula-Alckmin ascendeu ao poder, não existem mais dúvidas de que se trata de um governo capitalista, inimigo dos trabalhadores. Aos que ainda alimentavam alguma ilusão no Governo Lula-Alckmin, nos resta apresentar a realidade que se impõe: a manutenção da Reforma Trabalhista […]
A nosso ver, pouco resta para um balanço do segundo turno eleitoral que já não tenha sido dito ao final do primeiro. Aqui, portanto, reforçaremos elementos anteriores, com destaque para o fetiche da democracia e o papel da nossa “esquerda socialista” na manutenção da ordem institucional. Quem ganhou a eleição? […]
Analisamos o que está por trás dos resultados eleitorais de Lula e de Bolsonaro no 1º turno. Ainda que o presidente tenha mostrado resiliência (cujos motivos explicamos), é exagerado dizer que houve uma “onda bolsonarista”, como em 2018. Também o PT mostrou bastante força nesta eleição. Já a chamada “esquerda socialista”, faliu miseravelmente.
Um mistério ronda a chamada “esquerda socialista” (PSTU, PCB e UP). Como votarão em um eventual segundo turno eleitoral? A polarização eleitoral Lula-Bolsonaro é a questão central desta eleição e está “na boca povo” desde o final do ano passado. Diante disso, esses partidos precisam adotar uma posição pública a respeito, se pretendem ter qualquer intervenção de maior impacto com suas campanhas.
Os revolucionários precisam se antepor claramente, sem ambiguidades e tergiversações, à “frentona popular” pró-Lula ora formada. Mais do que serem levados pela onda oportunista que leva Lula ao poder, os revolucionários precisam nadar contra a corrente e esclarecer seus militantes e seguidores sobre o caráter nefasto dessas atividades. Só assim serão criadas melhores condições para uma luta dos trabalhadores contra o governo burguês de Lula amanhã.
O socorro a Bolsonaro em mais um momento de dificuldade veio do PT. Desta vez, com apoio claro da “esquerda radical”. PSOL, PCB e PSTU optaram por “ficar em casa com Lula no domingo”. A capitulação política já demonstra que tais partidos agem na prática para eleger Lula em 2022.
A inflação de produtos básicos coloca novamente a esquerda brasileira num dilema. É necessária uma política burguesa ou pequeno-burguesa, de controle de preços de mercadorias, ou uma política propriamente proletária, de reajuste salarial conforme a inflação?
A queda de Maduro é o ponto de partida para desatar contradições ainda maiores, onde pode se ampliar a luta dos trabalhadores. Nenhum problema da classe trabalhadora venezuelana pode ser resolvido hoje sem passar por sua derrubada. Do contrário, as massas trabalhadoras ficarão desmoralizadas e melindradas. A aliança com a oposição burguesa a Maduro deve ser apenas pontual, nas ruas: bater juntos, marchar separados. A hora dessa oposição inconsistente também chegará.
A organização Transição Socialista apoia a greve dos caminhoneiros na medida em que pode dar impulso a mais lutas da classe trabalhadora brasileira contra o governo burguês de Temer.
A vitória de Boulos é a morte do PSOL como possível partido de esquerda. Nesta conjuntura, que exige algo verdadeiramente combativo, seguir no PSOL é se calar e dar cobertura de “esquerda” ao lulismo. Formemos já outro polo, revolucionário com lutadores do PSTU e muitos outros espalhados pelo país!