Não existe realmente um partido de esquerda no Brasil. Para entender isso é necessário compreender o significado dos termos “esquerda” e “direita” ao longo da história, bem como aplicar o significado real (atual) para os partidos hoje existentes.
A manutenção da greve foi aprovada quase consensualmente na assembleia geral lotada, demonstrando força do movimento estudantil perante a reitoria. Contudo, para além da continuidade da greve, a dispersão de forças, a falta de foco e de direcionamento para o movimento na próxima semana ainda poderá enfraquecê-lo.
Os sindicatos dos empregados públicos do Metrô, da CPTM e da Sabesp paralisaram por um dia contra as privatizações em curso nessas estatais de SP. Trata-se, portanto, de uma importante mobilização de empregados públicos na indústria do transporte e da distribuição de água. Em nossa editorial, apontamos os limites dessa luta e possíveis caminhos para superá-los.
Hoje ocorrerá às 17h, no Theatro Municipal de São Paulo, uma manifestação que visa não apenas celebrar em abstrato a memória de junho de 2013, mas fazer da retomada das ruas a ferramenta para resgatar esse legado. Saudamos a disposição de luta dos que querem lutar. Da nossa parte, as ruas não servirão para requentar velhas ilusões!
“Toda ciência seria supérflua se houvesse coincidência imediata entre a aparência e a essência das coisas”, nos ensina Marx em sua obra teórico-programática, O Capital. Mas tal fundamento parece passar mais uma vez despercebido pela dita esquerda revolucionária brasileira, que continua a tomar a aparência imediata dos fatos por sua essência.
A nosso ver, pouco resta para um balanço do segundo turno eleitoral que já não tenha sido dito ao final do primeiro. Aqui, portanto, reforçaremos elementos anteriores, com destaque para o fetiche da democracia e o papel da nossa “esquerda socialista” na manutenção da ordem institucional. Quem ganhou a eleição? […]
Analisamos o que está por trás dos resultados eleitorais de Lula e de Bolsonaro no 1º turno. Ainda que o presidente tenha mostrado resiliência (cujos motivos explicamos), é exagerado dizer que houve uma “onda bolsonarista”, como em 2018. Também o PT mostrou bastante força nesta eleição. Já a chamada “esquerda socialista”, faliu miseravelmente.
Um mistério ronda a chamada “esquerda socialista” (PSTU, PCB e UP). Como votarão em um eventual segundo turno eleitoral? A polarização eleitoral Lula-Bolsonaro é a questão central desta eleição e está “na boca povo” desde o final do ano passado. Diante disso, esses partidos precisam adotar uma posição pública a respeito, se pretendem ter qualquer intervenção de maior impacto com suas campanhas.
Já entramos, neste momento, no mais novo capítulo do eterno retorno ao processo de chantagem política que nos assola nas últimas décadas: o PT pedindo voto contra um suposto “mal maior” e assumindo, mais uma vez, sua única identidade restante para fins de propaganda, a de “mal menor”.
A Transição Socialista publicou recentemente sua defesa do voto nulo em eventual segundo turno disputado entre Lula e Bolsonaro. Essa posição é parte da nossa luta intransigente pela construção de uma nova e verdadeira esquerda no Brasil, independente do PT e de seu projeto burguês. Com esse mesmo propósito, no primeiro turno votaremos nos candidatos do PSTU e do Polo Socialista e Revolucionário e apoiamos Vera para presidente!
Declaração de voto nulo da TS num eventual segundo turno presidencial. Hoje, quanto todos saem para salvar a democracia burguesa do risco da própria democracia burguesa, é preciso dizer claramente: a ilusão na democracia burguesa é mais deletéria, para a vanguarda da classe trabalhadora, do que o teatro golpista de Bolsonaro.
Lutadores honestos do PSOL, saiam desse partido e aglutinem-se no Polo Socialista e Revolucionário! Avancemos no debate estratégico à altura da necessidade histórica!
Este texto é um comentário ao documento apresentado pelos companheiros do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), em dezembro de 2021, para discussão programática no Polo Socialista Revolucionário.
Este é o nosso décimo terceiro e conclusivo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso décimo segundo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso décimo primeiro texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso décimo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso nono texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso oitavo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso sétimo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso sexto texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso quinto texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso quarto texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso terceiro texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista.
Este é o nosso segundo texto de crítica ao programa apresentado pelo PSTU para debate no Polo Socialista. Veja o primeiro texto no post anterior.
No primeiro texto, tratamos da posição vacilante do PSTU da conjuntura. Agora tratemos dos aspectos programáticos mais gerais. O segundo equívoco do texto programático do PSTU, a nosso ver, é a sua formatação para uma estratégia nacionalista. Ela enquadra e determina os traços socialistas-internacionalistas, que, por isso, secundarizados, ficam na prática suspensos.
Com este texto, iniciamos uma série de curtos comentários ao programa apresentado pelo PSTU para discussão no Polo Socialista. Veja o texto do PSTU aqui.
Em editorial passado sobre o Polo Socialista e Revolucionário, comentamos que era correta a tentativa de aproximar a ala à esquerda do PSOL para um espaço comum com o PSTU e outros lutadores (veja nosso editorial anterior aqui). Conforme lembramos, isso corresponde ao que propusemos desde 2018. Além disso, no […]
Parte da “esquerda socialista” que ontem denunciou “golpe” e defendeu “Lula Livre” hoje torce o nariz pro Alckmin. Não pode: ele é filho legítimo da política de vocês!
Burocracia sindical e partidária de “esquerda” se unificou para impedir que manifestações saíssem do controle, avançassem das ruas para os locais de trabalho, e, assim, atrapalhassem o próximo ano eleitoral. Ela quer tranquilidade, e, sobretudo, quer Bolsonaro como antagonista de Lula no segundo turno do próximo ano.
lsonaro furou o teto de gastos para turbinar o bolsa-família. Agora, toda a dita “esquerda” o denuncia, falando que é uma medida apenas eleitoreira. Será que é por aí mesmo que se deve criticá-lo? O que tal crítica frágil revela sobre a própria esquerda?
O PSTU lançou um manifesto por um “Polo Socialista”. A iniciativa parece importante, por se propor um “debate honesto e fraterno”. Todavia, já na primeira “plenária” se verificou que não haveria debate real. Trata-se de uma atividade de auto-promoção? Atividade para preparar atuação eleitoral?
O socorro a Bolsonaro em mais um momento de dificuldade veio do PT. Desta vez, com apoio claro da “esquerda radical”. PSOL, PCB e PSTU optaram por “ficar em casa com Lula no domingo”. A capitulação política já demonstra que tais partidos agem na prática para eleger Lula em 2022.
Na semana passada, Bolsonaro concluiu sua minirreforma ministerial. O resumo dela é o seguinte: para não cair por impeachment, o presidente entregou completamente o governo ao “centrão”. O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, foi nomeado para o comando da Casa Civil, antes sob direção do general Luiz Eduardo Ramos. Também o Ministério do Trabalho foi recriado. Ainda que sob direção de Onyx Lorenzoni, o novo ministério abrirá mais espaço para cupinchas do centrão.
Defendemos a palavra de ordem do impeachment de Bolsonaro como a mais adequada para esse momento da conjuntura. Procuraremos argumentar, sinteticamente, porque ela é mais adequada e precisa, contrapondo sua defesa aos argumentos levantados em sentido contrário (ou aos pressupostos nas formulações dos que se colocam contrariamente a ela).
Panfleto da Transição Socialista distribuído no ato contra Bolsonaro em 13/07.
Texto aprovado em abril de 2021, no III Congresso da Transição Socialista.
Como Bolsonaro se manteve e ainda se mantém no poder? O que falta para a explosão de uma revolta da classe trabalhadora contra Bolsonaro e o apodrecido regime burguês?
Derrubar Bolsonaro hoje é a melhor forma de enfraquecer Lula e a dominação burguesa amanhã.
Panfleto da Transição Socialista que circulará nos atos do dia 3 de julho contra o governo Bolsonaro.
Um novo ato foi marcado pelas “frentes” da “Campanha Nacional Fora Bolsonaro” para o dia 24/07. Mais de um mês após o 19J!
Não dá pra esperar! Não dá pra aceitar politicagem eleitoral com o número de mortos da Covid! A cada dia que passa, são mais de dois mil mortos! Não deixar Bolsonaro sangrar até 2022! Impeachment já!
É acintoso! Como é possível que Bolsonaro ainda não tenha sido preso por sua atuação na pandemia? Veja-se sua política negligente em Manaus. Veja-se a defesa pública da cloroquina (como no discurso da “motociada”, na última semana).
A única coisa que explica por que Bolsonaro não foi derrubado e preso até agora é a politicagem nojenta que vive neste país. Não há qualquer racionalidade na condução dos problemas públicos/estatais, apenas as negociatas e jogo de poder.
A crise política, econômica e sanitária se aprofunda a largos passos no Brasil. A população, assolada pelo desemprego (14,4% da população, ou 14,4 milhões de pessoas), pela corrosão dos salários frente à inflação e pelo vírus (chegamos na terça-feira na marca criminosa de 450.000 mil brasileiros mortos por COVID), está compreensivelmente desesperada e cada vez mais revoltada.
O presidente americano Joe Biden anunciou gigantescos planos capitalistas (dos quais alguns já entraram em vigência). Trata-se da forma de luta da classe burguesa na crise econômica que se instala. Enquanto isso, a chamada “esquerda socialista”, por ter tido seu programa político surrupiado pelo presidente, inventa desculpas teóricas para seguir com seu olhar parado, moroso e burocrático.
Neste 5 de maio completam-se 203 anos do nascimento do genial Karl Marx. Com sua obra teórica e sua militância revolucionária – que não podem ser artificialmente separadas –, o “Mouro” de Trier nos legou valiosas lições políticas e um admirável edifício teórico, uma verdadeira ferramenta para o combate emancipatório […]
O presidente Bolsonaro jamais esteve tão cercado de problemas por todos os lados. Ao eleger Lira para presidente da Câmara e Rodrigo Pacheco para o Senado, pensou que estava seguro contra a abertura de algum dos muitos pedidos de impeachment – motivados por falta de decoro, por questões jurídicas, econômicas, sanitárias (responsabilizando-o por grande parte das mais de 400.000 mortes que ocorreram no país), crimes ambientais, por “rachadinhas” de sua família (caso Queiroz), pelo envolvimento com milícias e tantos e tantos outros. Conseguirá Bolsonaro se segurar em sua cadeira? Qual futuro aguarda este país?
Há poucos meses queriam que nós, da TS, votássemos em Boulos (e variantes lulistas) para impedir o “perigo da direita”. Hoje Boulos senta pra jantar com representantes da burguesia evangélica brasileira.
O Corneta vem recebendo denúncias dos operários da Cinpal sobre as mortes e contaminações dos peões por covid. “A Cinpal está trabalhando com 100% dos seus funcionários. Mesmo com covid e mortes continuam os trabalhos pesados, sem dar importância ao caos que está acontecendo no Brasil e no mundo. Está […]
Hoje, 7 de abril, é o aniversário de um dos momentos mais importantes da história revolucionária socialista: a publicação daquelas que ficaram conhecidas como as Teses de Abril de Lênin. Mais de um século depois de escritas, o rigor das diretrizes de Lênin para o partido bolchevique traz importantes lições para os revolucionários de hoje, especialmente no que diz respeito à independência da classe trabalhadora como pilar fundamental de uma luta consequente e efetiva na superação do capitalismo.
Publicamos o texto “Para a interpretação do Programa de Transição”, com o objetivo de aprofundar o debate sobre as raízes históricas, o desenvolvimento dialético das reivindicações e formas organizativas contidas no programa da IV Internacional, programa que é urgente defender no seio da classe trabalhadora, diante do aprofundamento da crise de direção.
Frente à precipitação da crise social no país, resultado da avassaladora crise econômica e do descontrole absoluto da pandemia, a burguesia se encontra num patamar a cada dia mais elevado de ingovernabilidade. A maioria da população brasileira, por outro lado, está à beira da morte, seja pela fome, seja pelos efeitos da pandemia no seu momento mais crítico.
Nessa quinta-feira, 18 de março, completam-se 150 anos da Comuna de Paris, o primeiro governo dos trabalhadores da história do proletariado internacional, que tomou o controle de Paris de 18 de março até 28 de maio de 1871, data do fim da repressão sangrenta que se abateu sobre os trabalhadores parisienses.
I Discurso a favor da participação do KPD nas eleições para a Assembléia Nacional Todos nós, inclusive o camarada Levi, encaramos a arrebatada oposição e o estado de espírito que aqui se manifestaram durante a sua exposição2 com a alegria íntima proveniente da origem dessa oposição. Todos compreendemos e estimamos […]
Nas últimas semanas, assistimos aos mais recentes capítulos do melancólico fim da Lava-Jato. Depois de 7 anos de vida da operação, vemos executado, e de forma bem-sucedida, o produto do “grande acordo nacional, com o Supremo, com tudo”. O coroamento desse processo será a absolvição de Lula e, ao mesmo tempo, a blindagem do clã miliciano que governa o país.
Com o agravamento da pandemia e da crise econômica, o cerco se fecha novamente em Brasília. A insatisfação popular pressiona à ingovernabilidade, o que já leva setores da burguesia a buscar novamente por uma saída institucional para a crise política. É hora de engrossar o ódio legitimo da população contra Bolsonaro, e ir às ruas em unidade para enterrar seu governo de uma vez por todas!
A Ford anunciou, no dia 12, o fechamento de suas fábricas em Camaçari (BA), Horizonte (CE) e Taubaté (SP), o que provocará uma perda, contando postos de trabalho diretos e indiretos, de quase 74.000 vagas, um enorme contingente de trabalhadores a se somar aos desoladores 14,1% de desempregados no conjunto do país.
A Transição Socialista (TS) é uma organização política que luta pela emancipação dos trabalhadores contra a exploração da ordem capitalista. Nosso nome faz alusão: ao histórico do grupo e trajetória de seus mais antigos camaradas da década de 1980; à necessidade explícita do socialismo; e à defesa do programa histórico da IV Internacional, o Programa de Transição de Trotsky, que reivindicamos.
Neste sábado, 28 de novembro, completam-se 200 anos do nascimento do revolucionário alemão Friedrich Engels, amigo e colaborador de Karl Marx por toda a vida. Ambos são considerados os fundadores do socialismo revolucionário. Aqui destacamos brevemente a importância de Engels nesse processo.
O PSTU naufragou neste pleito. Seus resultados foram muito menores do que nos últimos anos e sua política no segundo turno foi capitulacionista. Tais problemas, expressões agudas da falta de programa revolucionário, demarcam que o PSTU não terá protagonismo na futura reorganização dos revolucionários.
Texto enviado pela TS para a manifestação pela liberdade de Rodney Álvarez em frente à embaixada venezuelana na Argentina nesta quarta, 18 de novembro de 2020.
Manuela D’Ávila não é alternativa de esquerda em Porto Alegre. É apenas a nova cara da política petista, que trouxe a classe trabalhadora à situação de desorganização e impotência frente ao capital. Para criar uma alternativa revolucionária, é necessário outro caminho, absolutamente diferente, que parte do voto nulo nesta eleição!
A “onda bolsonarista” se mostrou uma marolinha. Nada se confirmou da “tendência fascista”. A “onda bolsonarista” durou dois anos, menos que a “onda” do oportunismo petista. Esta foi mais profunda e teve um caráter mais nefasto para a luta da classe trabalhadora do que as patetadas bolsonaristas.
Qualquer um que tenha visto o primeiro debate de segundo turno, nesta segunda-feira 16/11, notou que Boulos e Covas são variações do mesmo tema. Acrescentamos: um tema burguês que se volta contra os trabalhadores. Não daremos qualquer apoio ao petista enrustido Boulos. Chamamos os que lutam pelo socialismo a não cair em sua charlatanice e a votar nulo neste segundo turno em São Paulo. Só assim se organiza a classe trabalhadora a resistir de verdade aos ataques capitalistas de um possível governo seu.
Frente à eleição de Biden, nada temos a dizer – pois não faz sentido – sobre o que significará seu governo. Nada de relevante mudará na política dos EUA. Cabe-nos analisar porque toda a “esquerda” brasileira e latino-americana, uma vez mais, capitula e respira “aliviada” com o novo presidente.
Reproduzimos abaixo balanço eleitoral publicado pelos companheiros da organização Movimiento Socialista de los Trabajadores (MST), da Bolívia (organização trotskista, antiga seção da LIT-QI).
As eleições municipais acontecerão sob o signo da crise: sanitária, política e, sobretudo, econômica, que arrasta milhares de trabalhadores para o desemprego e para a miséria. Nessas circunstâncias, qual papel cabe aos revolucionários nestas eleições? Defender essencialmente as mesmas propostas que os oportunistas, ou apontar um novo caminho?
Esta é a terceira e última parte da crítica às posições eleitorais apresentadas pelo PSTU nestas eleições. Nesta parte do texto buscamos mostrar como a concepção de longo prazo do PSTU, propriamente estatista, contraria as posições dos clássicos do marxismo sobre o Estado.
Esta é a segunda parte do texto de crítica ao programa eleitoral apresentado pelo PSTU nestas eleições. Nesta segunda parte, trataremos detalhadamente das propostas de curto prazo apresentadas pelo PSTU para uma “gestão socialista”
O PSTU lançou há poucos dias dois materiais para orientar suas campanhas eleitorais municipais. Comentaremos detalhadamente as posições aí apresentadas e buscaremos demonstrar como são contrárias às formulações clássicas do marxismo. Como a crítica necessita ser detalhada, a dividiremos em três partes. A primeira trata de concepções mais gerais, sobre estratégia comunista.
Nas cidades em que atuamos, nós, da Transição Socialista, orientamos nossa militância a votar nos candidatos do PSTU. Recomendamos também todos os que nos acompanham, leitores e companheiros de caminhada, a fazerem o mesmo.
Reproduzimos texto de Hector Benoit em resposta ao artigo “Por que a candidatura Boulos/Erundina é um catalisador eleitoral?”, de Valério Arcary, publicado na revista Fórum em 24/09/2020.
O programa de Boulos não é capaz de dar qualquer saída revolucionária para a classe trabalhadora, e servirá como mais um braço da ordem burguesa. Não vote em Boulos! Não ajude a criar mais uma farsa traidora da classe trabalhadora!
A inflação de produtos básicos coloca novamente a esquerda brasileira num dilema. É necessária uma política burguesa ou pequeno-burguesa, de controle de preços de mercadorias, ou uma política propriamente proletária, de reajuste salarial conforme a inflação?
As 2500 demissões na EMBRAER são um sinal claro do que o capitalismo reserva aos operários brasileiros na gigantesca crise que se abre. Companheiros do PSTU: é hora de desengavetar o Programa de Transição!
O mais novo capítulo do bolsolulismo consiste em tornar Lula elegível e Moro inelegível. Cumpre-se assim o programa de Romero Jucá: estancar a Lava-Jato pra salvar Lula e assim salvar todo mundo.
As prévias do PSOL confirmaram o que anunciamos em 2018: com Boulos se cristalizou o rumo ao oportunismo e à lógica parlamentar-petista. Os lutadores honestos deveriam sair do PSOL, em vez de dar cobertura de esquerda ao oportunismo. Chamamos os lutadores à discussão por uma nova organização política nacional.
A confusão continua reinando em setores da “esquerda” que, em meio à crise, defendem que o governo faça um “decreto” garantindo a estabilidade nos empregos. É cópia do que os burgueses argentinos já fazem – e a medida se revela, no final das contas, contrária à classe trabalhadora.
A aprovação do novo marco sanitário pelo Senado gerou polêmica na “esquerda” brasileira. A maioria repudiou, com discurso estatista-keynesiano. Mas o que Marx achava da dicotomia “público” versus “privado”? Não seria essa dicotomia mais uma expressão da miséria programática da “esquerda”?
O negro americano George Floyd perdeu seu emprego devido à pandemia do coronavírus. Pouco depois, foi acusado de usar uma nota falsa de 20 dólares para comprar cigarro. Perseguido pela polícia, foi controlado e asfixiado até a morte. Eis o retrato perfeito da situação explosiva em que vivemos.
É hora de ir às ruas! O “Fora Bolsonaro” é a palavra de ordem que deve ser erguida, junto com a defesa de empregos e salários. Isso pode trazer amplos setores às ruas, e não a defesa abstrata da “democracia”.
Frente à gigantesca crise capitalista que se abre, é fundamental os revolucionários adequarem seus programas. Seria o Programa de Transição uma invenção particular de Trotsky, ou teria bases nos esforços do próprio Marx para encontrar um programa revolucionário?
O vídeo ministerial revelou um governo desesperado. Hoje, certamente, o desespero é maior, pois comprovou-se o crime de Bolsonaro (agora abertamente acobertado no delito por Generais). Para alguns, caminhamos para um “golpe” fascista ou bonapartista. Será?
Veja a saudação da Transição Socialista ao Primeiro de Maio da organização Razón y Revolución (Argentina)
A saída de Moro foi preparada por Bolsonaro junto com os líderes do corrupto centrão. Estes defenderiam Bolsonaro de um impeachment, mas em troca queriam a saída do ministro e muitos cargos. O PT, toda vez que há chance real de Bolsonaro sair, recua, pois tudo o que Lula quer é enfrentar Bolsonaro em 2022 (e vice-versa). Uma esquerda de verdade tem de ser absolutamente contra Bolsonaro e Lula.
A manutenção deste governo capenga demonstra grande conciliação entre setores aparentemente antagônicos. Tanto o lulismo quanto o bolsonarismo optam por cozinhar a situação atual para manterem-se vivos.
O poder executivo federal publicou a Medida Provisória 936. Em linhas gerais, trata-se do mesmo mecanismo estabelecido pelo Programa de Proteção ao Emprego do governo Dilma, em 2015. A recessão de 2015/2016 deixou um legado de 13,3 milhões de desempregados. Esta deixará qual legado?
O país caminha completamente às cegas enquanto Bolsonaro estiver à frente da nação. Portanto, o primeiro passo para qualquer ação sanitária minimamente racional, hoje, é o afastamento do presidente. A saída de Bolsonaro, e a subsequente instabilidade burguesa, abre espaço para uma ação mais decisiva da classe trabalhadora frente à crise.
O coronavírus será um mal menor para a maioria da população, se comparado às consequências da crise econômica que se instalará mundialmente este ano. As organizações revolucionárias têm de olhar para o horizonte e preparar a ação efetiva, isto é, revolucionária. É hora de erguer um programa transitório ao socialismo, única alternativa à barbárie.
A epidemia do coronavírus não é o elemento causador da crise, mas o elemento que ilumina o tamanho da crise da humanidade em nossa época.
A crise econômica exigirá do governo uma resposta forte: muita esperança foi depositada em suas mãos. O governo, porém, não tem nenhuma resposta diante do cenário.
Nesta segunda, 10/02, ocorreu nova audiência do processo contra Rodney Álvarez. Diante disso, o companheiro iniciou uma greve de fome. O texto a seguir foi enviado pela TS para atividade pela libertação de Álvarez, convocada pelos companheiros da organização Razón y Revolución.
Reproduzimos convocatória da I Jornada Internacional “A esquerda ante a crise mundial”, iniciativa dos companheiros argentinos da Razón y Revolución. Trata-se de evento voltado à praxis revolucionária, ou seja, à discussão para intervenção socialista no presente.
Todas as sumidades intelectuais do país estão sendo convocadas para responder à questão, à pergunta de um milhão de dólares, mas preferem crer em fascismo da Regina Duarte, golpe e duendes, ou colocar a culpa no “povão”…
Muito se comenta sobre a recente crise no Oriente Médio frente ao assassinato do general Qassem Soleimani e de Abu Mehdi al Muhandis pelos Estados Unidos no início deste ano. A chamada “esquerda” socialista prontamente repudiou o assassinato tendo em vista, por esse meio, erguer uma luta “anti-imperialista” no Oriente Médio. Ora, não são as lutas de classes internas ao Irã que deveriam pautar a estratégia revolucionária nesse país? Será que é por meios assim que uma luta “anti-imperialista” deveria se impor? Sob qual contexto se deu a morte do general e, mais importante, a que serviu esse assassinato?
Camacho representa politicamente nossos comitês cívicos, ou o dos empresários aliados ao MAS? Por que ele indicou o super-masista Jerjes Justiniano como Ministro da Presidência do governo transitório? Por que a ex-candidata do MAS, Nadia Beller, tornou-se agora a operadora política de Camacho?
PSTU e CST-PSOL capitularam na crise boliviana, dando declarações duplas ou contraditórias. Na prática, terminaram apoiando o setor capitalista de Evo, amplamente odiado pela população trabalhadora. O fato é um alarme para a vanguarda da classe trabalhadora brasileira.
Após a luta da maioria da população trabalhadora e camponesa ter derrubado Evo, que fazer? Qual a tática dos revolucionários na Bolívia nesta nova etapa da luta que se abre, com as liberdades democráticas e o processo eleitoral em aberto?
A social-democracia e o stalinismo populista de Maduro, Kirchner, Ortega, López Obrador, o castro-chavismo em geral e seus seguidores pseudo-trotskistas em nível mundial, teimam em dizer que há um golpe de Estado na Bolívia. Essa política não faz outra coisa senão capitular ao pró-imperialista Evo Morales, uma das variantes da burguesia.
Evo renunciou mas foi atiçar suas bases semi-lumpens e dependentes do Estado para espalhar caos e terror em La Paz e El Alto. A maioria da população trabalhadora repudia isso, mas, não havendo partido revolucionário, como expulsará esses bandos?
Evo tentou dar um golpe e se deu mal, desatando uma revolta social incontrolável. O exército e a polícia não reprimiram porque temeram lançar o país numa guerra civil. Evo caiu sem apoio. O evento comprova a completa falência da dita “esquerda” do continente, amarrada ao assassino Evo até o fim.
A resistência popular não está sendo conduzida a lugar nenhum, e, em meio ao impasse político burguês, surgem a violência e o esgotamento. Não obstante, também é iminente uma insurreição social. Mas como, para onde?
Bolsonaro se enreda cada vez mais numa teia da qual dificilmente conseguirá escapar. Desesperado, repete as palavras, injúrias e adjetivações de Collor no começo dos anos 1990. A história se repete. Visivelmente frágil e isolado, Bolsonaro e sua família tentam atacar, como animais encurralados.
Lula e outros bandidos ricaços serão soltos nas próximas semanas pelo STF, que se comprova assim ser um órgão de classe. Os pobres encarcerados devido a pequenos delitos (produto da miséria) seguirão presos… e em número cada vez maior.
Os peronistas voltaram ao poder porque: 1. não há partido de esquerda na Argentina; 2. souberam trabalhar as contradições de Macri. A “esquerda” de oposição ao peronismo faliu historicamente, e o bonapartismo se apresenta como bombeiro do continente
A única coisa certa é que Morales é cada vez mais autoritário, e contra ele cresce o ódio popular. Quem vencerá, Evo ou os trabalhadores? Qualquer meio termo quebrará as forças populares e as entregará a uma regime político burguês autoritário.
Bolivianos votaram contra Evo, para evitar a instauração de uma eventual ditadura burguesa. Mas são conscientes de que a oposição não mudará as condições de vida da maioria.
Frente à instabilidade social mundial (passeatas e protestos), a burguesia se desespera, em crise de hegemonia política. A América Latina caminha para a ingovernabilidade. No Brasil a burguesia desenha um caminho: o bonapartismo. O bolsolulismo terminará com a soltura do chefe petista para salvar a nação capitalista.
Por Razón y Revolución. O Equador entrou no ciclo do resto da AL, que não consiste num retorno ao “neoliberalismo”, mas no esgotamento dos bombeiros ditos de “esquerda” da ordem capitalista. A esquerda de verdade não pode permanecer alheia. A crise regional exige uma organização continental da esquerda revolucionária.
Com muito gosto recebemos a notícia de que a justiça determinou a soltura de Daniel Ruiz, em prisão “preventiva” há mais de um ano por ter participado das mobilizações contra a reforma da previdência do governo Macri.
Proposta de resolução para o IV Congresso da CSP Conlutas enviada pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP.
Panfleto distribuído no IV Congresso da CSP Conlutas. Abaixo o acordão Bolsonaro-Lula!
Por um Comitê em solidariedade aos venezuelanos perseguidos por Maduro!
O bolsolulismo é a principal corrente política em Brasília hoje. O nome de Aras para a PGR foi indicação velada de Jaques Wagner, quem hoje dá as cartas do PT em Brasília. Aras é a materialização do acordo Bolsonaro-PT. A CPI da Lava-Toga, entretanto, pode quebrar o acordão.
A crise no governo devido às queimadas evidencia o temor capitalista frente à crise econômica que se anuncia. A troca de farpas entre Bolsonaro e Macron, as ameaças de bloqueio comercial, de boicote ao couro brasileiro, o apoio de Trump a Bolsonaro – são episódios que anunciam a disputa capitalista na gigantesca crise que se abrirá.
O argumento usado pelo STF para derrubar a condenação de Bendine foi completamente falso. Seu intuito foi apenas preparar o caminho para a soltura de Lula. O advogado de Bendine foi saudado como rei entre os petistas, mas, na realidade, a vitória se deve à mudança de posição de Carmen Lúcia. Enquanto isso, Bolsonaro enfraquecido não cai porque a “oposição” não quer.
O processo de desmonte da Lava-Jato em curso vincula estreitamente Bolsonaro e Lula. A proposta de “abuso de autoridade”, aprovada na Câmara, reforça o acordo da classe política para desmontar a LJ.
A eleição primária argentina tem grande importância para toda a AL. Não porque indica um “retorno da esquerda” ao poder. Cristina é a mesma coisa que Macri. Mas sim porque indica o fortalecimento dos oportunistas que controlam a classe operária fingindo ser de esquerda. Ou seja: indica que a esquerda revolucionária segue impotente no continente.
Aproveitamos o ensejo das eleições primárias na Argentina (próximo dia 11), para publicar um texto dos companheiros da organização política argentina Razón y Revolución. O texto, longe de esclarecer apenas sobre a situação argentina, permite muitas analogias com a atuação da “esquerda” no Brasil.
Rodney Álvarez, operário de Ferrominera: “Só me resta dizer aos que me capturaram e aos meus sequestradores: em algum momento da história serão vocês os sentados no banco dos réus em que me encontro, e prestarão contas de seus atos criminosos, de suas mãos sujas de sangue proletário, e podem ter certeza de que terão um julgamento gratuito, simples e expresso.”
Consideramos absurdas as declarações de Bolsonaro e a portaria 666 de Moro. Ambas são ameaças a Glenn Greenwald e às liberdade democrática em nosso país. O direito ao sigilo da fonte por parte de um jornalista é um direito democrático elementar numa democracia burguesa.
Algo significativo na semana que passou foi a proibição, por parte de Toffoli (presidente do STF), do compartilhamento de informações do COAF com o Ministério Público e a Polícia Federal. Por que Toffoli fez isso? Toffoli, bem como possivelmente Gilmar, Lewandovski e Alexandre de Moraes ajudarão a salvar Flávio Bolsonaro. Por outro lado, capangas do petista ascenderão e a corja da bandalheira se estabilizará.
Depois de inúmeras negociatas (leia-se troca de favores e repasse de dinheiro), a reforma tende a ser aprovada sem grande resistência. A reforma será aprovada não porque estamos diante de um governo forte, ou porque a população não está revoltada. A verdade é que não há qualquer oposição séria e organizada a ela.
A economia brasileira patina. É muito difícil prever os movimentos futuros, mas a ameaça de uma nova crise mundial pode deteriorar as já frágeis condições de um país que sequer se recuperou da sua última recessão.
O balanço geral do dia 14, infelizmente, é de enfraquecimento, impotência e mesmo derrota pontual de qualquer movimento que prometa o futuro político do país. Saiu traída boa parte da classe operária do principal polo industrial do país, que perdeu um dia de salário.
A condenação de Moro em primeira instância precisa ser anulada e este deve pagar por seu crime. Isso todavia não deve inviabilizar as condenações de Lula em segunda e terceira instâncias, que precisam ser mantidas. Deve-se tomar todo cuidado para o caso não ser usado politicamente, oportunistamente, pelos petistas e afins, na luta contra a reforma da previdência e contra cortes na Educação. Fora Moro! Lula na prisão!
O governo Bolsonaro perdeu bastante força no último mês, mas, paradoxalmente, encontrou estabilidade que não via há tempos na última semana e meia. Quanto mais forte for a demonstração de força dos trabalhadores brasileiros no dia 14/06, maiores serão nossas chances de derrotar este governo.
Apesar de não desprezíveis, os atos bolsonaristas expressaram a fraqueza do presidente. A resposta popular, em ondas, será crescente contra Bolsonaro. Este agora caminhará cada vez mais para o enfraquecimento e queda.
BALANÇO E PERSPECTIVAS | Após os grandes atos do dia 15/05, que fazer? É hora de seguir a luta contra os cortes, contra a reforma da previdência, contra Weintraub e contra Bolsonaro. Mas como fazer esta luta histórica se voltar ao futuro, e não ao passado? Como impedir que os petistas tomem o movimento?
O novo decreto de armas de Bolsonaro parece indicar que ele cria uma narrativa para cair. As próximas semanas, sobretudo graças à juventude, serão decisivas para selar o seu destino. Ainda é especulação, mas talvez ele opte por copiar a carta de Jânio e deixar a bucha da previdência pro Mourão.
Saudação ao ato operário, socialista e internacionalista na Argentina, no dia em que o resto da “esquerda”, devido às suas preocupações eleitoreiras, estará em casa, acatando as ordens da burocracia sindical e deixando as avenidas abertas para a burguesia.
Apesar da ação ridícula de Guaidó, que se viu, no final das contas, não foi um “levante militar”, mas mais um capítulo do conflito das massas contra o Estado burguês de Maduro. Infelizmente – por falta de opção –, a luta das massas segue líderes burgueses. Mas o caminho para os trabalhadores da Venezuela ainda passa pela queda de Maduro.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou no início de mês abril o panorama das greves no Brasil em 2018. O número acompanha o ciclo de greves que emergiu mais claramente a partir de 2013, mas indica uma curva de desaceleração desde 2017, registrando um momento de refluxo da luta da classe. O atual ciclo de greves revelado pelo DIEESE comprova: a crise da classe trabalhadora é a sua crise de direção revolucionária.
A reforma da previdência passou com folga na CCJ da Câmara dos Deputados. Mas a traição das centrais é tão grande que é possível perguntar qual o interesse delas na reforma! A próxima “mobilização” será um showmício no feriado!
Repudiamos a censura do STF à revista Crusoé. A censura foi dirigida pela coalizão petista-tucana do órgão. Não nos importa se a revista é “de direita”. Importa que a crise da dominação burguesa (que envolve todos os grandes partidos) necessita dessa censura.
O serviçal corrupto da Burguesia, Lula, está há um ano na prisão. Não temos nada a lamentar, somente a torcer: que não saia! Se a crise de dominação da burguesia faz com que ela brigue entre si, tanto melhor para os trabalhadores!
Onde estão Alcedo Mora e os outros 24 trabalhadores desaparecidos? Aparição com vida de todos os sequestrados pelo Estado venezuelano. Esclarecimento do assassinato dos 262 dirigentes sociais. Investigação independente, julgamento e punição aos responsáveis.
Os riscos de apagão foram denunciados pelos trabalhadores do sistema elétrico. O governo não só não fez nada para solucionar, como perseguiu e desapareceu com os denunciantes.
André Singer escreveu na Folha de SP a respeito da proposta de “parlamentarismo”. Haddad dedilhou em seu twitter que parlamentarismo via PEC (sem plebiscito) é “golpe”. Ambos têm como interlocutor José Serra, que angaria apoios no Congresso para uma PEC sobre o tema. O que isso significa na conjuntura atual?
Publicamos relato-protesto de camarada da TS sobre intervenção em atividade da CSP-Conlutas no dia 22/03, quando o camarada foi burocraticamente impedido de falar.
Temer foi solto pelo Desembargador Ivan Athié, que falou que propina é igual “gorjeta”, é algo “necessário” ao bom funcionamento do Estado! Ele falou isso pra defender PT, PSDB e MDB!! Temer de volta pra prisão, já!
A prisão de Temer comprova a falência intelectual dos petistas e aliados (como a direção do PSOL), que encheram o saco de todos com a tese do “golpe”. Tais setores não têm mais propósito de existência, senão o de mentir à população e às suas bases.
Por trás deste dia 22 estão as possibilidades reais de se derrubar Jair Messias Bolsonaro. Não imediatamente, é claro, mas como consequência direta da não aprovação das reformas. Basta saber se as centrais querem isso ou não.
É tarefa fundamental reunir a esquerda da América Latina que não capitulou às charlatanices da “esquerda” burguesa. Hoje, quando a crise na Venezuela é um divisor de águas, salta aos olhos, mais do que nunca, o caráter nefasto da submissão ao chavismo, ao petismo, ao kirchnerismo etc.
O chamado “Dia D” da oposição burguesa a Maduro foi um fracasso. Essa “oposição” é frágil. Ainda há um vazio importante de direção da revolta popular contra Maduro, vazio que esquerda revolucionária deveria ocupar. Marx dá lições claras sobre como fazê-lo.
Texto escrito para o jornal El Aromo (Razón y Revolución, Argentina). Bolsonaro é um epifenômeno. A questão é explicar como o PT caiu. A queda do PT atrasou a implementação de ataques ao trabalhador brasileiro. Bolsonaro representa a fragilidade da burguesia, e seu discurso terminará por produzir o contrário do que pretende.
A reforma é um terrível ataque aos trabalhadores brasileiros. Todavia, os sindicatos – mesmo diante de um governo trapalhão e incompetente – não se movem, seguem seus passos de lesma. Agora é a hora de se mover e enterrar de vez essa reforma!
A adaptação do PSTU, em seu trabalho sindical, à burocracia e ao “sindicalismo de resultados”, levou a uma derrota histórica dos trabalhadores na GM de São José dos Campos. Todavia, o PSTU se nega a reconhecer abertamente a derrota, e mantém-se afastado do verdadeiro programa de luta, o programa revolucionário, o Programa de Transição.
Os petistas e parte da mídia dizem que a derrota de Renan foi uma vitória de Bolsonaro. Pelo contrário. Renan era candidato não apenas dos petistas, mas também de Bolsonaro e Paulo Guedes. A derrota do candidato presidencial e a ascensão da nulidade Alcolumbre é sinal dos tempos: mais instabilidade para o governo e a dominação burguesa!
Os principais ideólogos da burguesia sabem dos riscos de um processo revolucionário na Venezuela na própria derrubada de Maduro. E preparam-se para evitar isso. A “esquerda”, todavia, em vez de incentivar a possibilidade revolucionária, faz fila atrás de Maduro e seu governo ditatorial.
A queda de Maduro é o ponto de partida para desatar contradições ainda maiores, onde pode se ampliar a luta dos trabalhadores. Nenhum problema da classe trabalhadora venezuelana pode ser resolvido hoje sem passar por sua derrubada. Do contrário, as massas trabalhadoras ficarão desmoralizadas e melindradas. A aliança com a oposição burguesa a Maduro deve ser apenas pontual, nas ruas: bater juntos, marchar separados. A hora dessa oposição inconsistente também chegará.
Texto de Eduardo Sartelli (Razón y Revolución): Nem Bolsonaro nem Trump intervirão antes que Maduro caia. Nesse momento, apostarão que a oposição controle a situação. Apenas no caso de estabelecimento de um governo de tipo revolucionário intervirão militarmente.
Cada vez mais emaranhado na trama de corrupção de seu próprio filho, Jair Bolsonaro torna-se impotente. É esse tigre de papel que a “esquerda” radical tanto temia, a ponto de capitular uma vez mais ao PT?
Os trapalhões tomaram o Planalto para agir como os petistas: trocar cupinchas lulistas por cupinchas bolsonaristas. O toma-lá-dá-cá voltou. Tudo se mantém como antes na “grande política”, pois é a essência da medíocre ordem burguesa. Mas, enquanto isso, o verdadeiro Brasil encaminha-se para o ingovernável.
França em chamas. O retorno da luta de classes aberta no coração do capitalismo europeu continental. A Comuna ressurge como bandeira! Enquanto isso, a burguesia estadunidense segue em sua aventura insana por acumulação. E, no Brasil, aguarda-se a explosão política, econômica e social…
Mal foi eleito, Jair Bolsonaro já desapareceu. Esfumaçou. Primeiro foi Paulo Guedes, agora é Moro. Os figurões sombreiam o presidente, a ponto de se perguntar: quem mandará no país? E mais: ambos super-ministros discordam da maioria das maluquices de Bolsonaro.
O país passou por um grande delírio político, onde as posições dos bolsonaristas e dos petistas não coincidiam com a realidade. Ambos candidatos esconderam seu programa econômico siamês. O país, a despeito deles, caminha para o ingovernável.
Declaração do Prof. Livre-Docente Hector Benoit (Unicamp) a favor do voto nulo nesta eleição.
Qual o significado do voto das massas em Bolsonaro? As massas são mesmo fascistas? Os trabalhadores são mesmo racistas, homofóbicos etc? O que é fascismo e o que é bonapartismo?
A esquerda radical brasileira, CST-PSOL e PSTU, deixou-se impressionar pela pressão histérica da pequena-burguesia e da esquerda de butique. Agora, recobre tal posição capituladora ao PT com frases esquerdistas…
Todos os partidos importantes do regime democrático-burguês, composto desde meados da década de 1980, foram atropelados pela onda antipetista. Mas, lamentavelmente, também a chamada esquerda, PSOL e PSTU, sofreu nesse processo.
Não caímos na chantagem do PT até hoje, e não é agora que cairemos. Nós teremos as mãos livres. E nos prepararemos para derrubar o próximo governo, venha quem vier. Nem Haddad, nem Bolsonaro! Voto nulo por um partido revolucionário!
Nós, intelectuais de diversas universidades e diversos estados, que abaixo assinamos, apoiamos amplamente a candidatura e proposta programática de RAFAEL PADIAL pela TRANSIÇÃO SOCIALISTA…
Um segundo turno entre Bolsonaro e Haddad é o maior desastre para o futuro do país. Todos os contra corrupção, miséria e risco de autoritarismo devem se unir contra essa polarização. Qualquer unidade apenas contra Bolsonaro virará massa de manobra do PT em 3 semanas.
Bolsonaro colhe o que plantou. Mas o fascistoide usará o fato para se fortalecer nas eleições e se garantir no segundo turno. Diante de um real risco Bolsonaro nas eleições, qual deve ser a tática dos revolucionários?
Contra a farsa da candidatura de Lula, que simboliza a impunidade de todos os corruptos burgueses. Contra o desemprego e pela estabilidade total nos empregos e salários da classe trabalhadora brasileira!
Chega de miséria, desemprego, exploração e corrupção! Vote contra os parasitas que sugam o povo trabalhador! Nem Lula nem Bolsonaro, vote nos candidatos da classe trabalhadora! Pela estabilidade total nos empregos e salários: vote Rafael Padial, deputado federal, 1617!
A candidatura do Lula é uma zombaria com toda a população trabalhadora brasileira. Lula mais uma vez tenta enganar todo mundo. Lula não pode ser candidato, porque é comprovadamente corrupto. E as provas são fartas! Mas Lula mantém sua falsa candidatura para eleger em seu lugar um fantoche, Fernando Haddad, […]
O que mais alimenta a candidatura de Bolsonaro é o “risco Lula”. Mas, para piorar, Lula, depois de Bolsonaro, é o candidato mais rejeitado. Ou seja, no segundo turno entre Bolsonaro e algum poste de Lula (Haddad), a chance de Bolsonaro vencer cresce.
Deixe de ser besta! Você vai mesmo procurar o candidato “melhorzinho”? Aquele que fala melhor? O com mais cara de presidente? Ou o que finge ser honesto e fala grosso? Vai mesmo dar de otário e apertar mais uma vez o botão verde para esses caras?
Como sempre, tudo o que o PT fala revela o contrário do que faz. Seu artifício é velho: esconder o próprio crime acusando os adversários de fazer o que ele mesmo faz. A melhor defesa é o ataque.
1. Missão dada, missão cumprida Deflagrar essa greve não foi uma decisão fácil, não à toa houve divergência entre nós. Mas pensamos que se demonstrou correta a posição daqueles que a defenderam. Nós, da TS, avaliamos que havia possibilidade de conquistas e que a conjuntura nacional e local era favorável […]
O pequeno-burguês acha que é tão ardiloso que, com sua retórica, seus numerozinhos, suas bravatas, ameaças à convocação popular, conseguirá assustar e enganar ao mesmo tempo a classe trabalhadora e a burguesia.
O palavrório sobre o suposto caráter nacional da Embraer é uma desculpa para capitular a uma política nacionalista de tipo pequeno-burguês, que quebra a independência da classe operária.
A farsa cômica do G7, com o bate-cabeça das super-potências mundiais, anuncia a oportunidade que se abrirá para a classe operária internacional.
A greve dos caminhoneiros comprovou que a luta por controle de preços é algo absolutamente irracional e fadado ao fracasso. A esquerda está na encruzilhada entre uma política pequeno-burguesa e uma política operária.
O difícil é compreender o caráter contraditório do movimento. Este provém em parte do caráter também contraditório dos transportes enquanto processo de produção que se dá dentro da esfera da circulação (Marx, O Capital, Livro II, seção I, caps. I e VI), algo que boa parte da esquerda ignora (considerando […]
A luta dos caminhoneiros deu a toada: é preciso voltar todo o descontentamento popular contra o governo de Michel Temer! Ele já está de joelhos, basta empurrá-lo pro chão. Ou melhor: pro caixão. E em seguida abrir um buraco e enterrar o cadáver fétido desse zumbi que é continuidade da […]
A organização Transição Socialista apoia a greve dos caminhoneiros na medida em que pode dar impulso a mais lutas da classe trabalhadora brasileira contra o governo burguês de Temer.
A situação da economia nacional não oferece qualquer perspectiva de melhora para a classe trabalhadora. A única saída para os trabalhadores tem que ser construída por sua conta e risco.
A classe trabalhadora tomar o poder é algo milhares de vezes mais factível, provável e possível do que Boulos gerir o Estado burguês a favor da população trabalhadora.
O antigo eixo da política nacional caminha para diluição. O novo nesta eleição tende a ser figuração branda do velho. A crise da dominação burguesa se aprofunda à medida que avança a diluição política, mas se aprofunda com mediações e velocidade baixa.
Na última semana, Geraldo Alckmin – o “Santo” das planilhas corruptoras da Odebrecht – escapou da operação Lava-Jato de São Paulo. O ex-governador é apontado na delação da Odebrecht como o receptor de 10,3 milhões de reais como doações não contabilizadas (caixa dois). Ao se afastar do governo do estado […]
Nos últimos três anos, felizmente, os nossos maiores temores nunca se confirmaram. Fomos abertamente a favor da queda da Dilma e da prisão de Lula, mas inicialmente sempre achamos que isso seria pouco provável. Afinal, Lula e Dilma pareciam intocáveis, “grandes demais para falir”, com apoio sólido nas mais altas […]
Adeus, Lula! As chances de se reerguer e se tornar candidato são agora mais e mais remotas, a não ser que estoure, entre agora e a eleição do final do ano, alguma grande movimentação da classe trabalhadora, e a burguesia se veja obrigada a usar mais uma vez os serviços […]
É uma grande hipocrisia dos militares falarem contra impunidade, pois vivem na impunidade de seus crimes da ditadura graças aos governos corruptos, entre eles os do PT. Não só Lula, mas também o general do Exército Eduardo Villas Bôas precisa ser punido!
Atacar a caravana do ex-presidente com tiros somente favorece o próprio ex-presidente; facilita que se vitimize e una em torno a si os setores políticos burgueses descontentes. Às vésperas de um julgamento de habeas corpus de Lula no Supremo, criar um compadecimento social a seu favor é dar um tiro no pé.
A esquerda que se diz oposição ao PT precisa construir os protestos contra o HC de Lula — delimitando-se em relação aos pequeno-burgueses do VPR e MBL —, pois do contrário será engolida junto com o lixo histórico do PT.
Os atos iniciais juntaram massas consternadas e revoltadas, em dimensão não vista desde os protestos contra Dilma. Os grandes meios de comunicação anunciaram, temerosos, um novo junho de 2013, e afirmaram que a intervenção militar-federal de Temer estava na berlinda. Mas então, estranhamente, tudo começou a voltar ao “normal”…
Introdução Os companheiros do PSTU lançaram em 22/02 uma “Proposta de Manifesto”, um “Chamado à rebelião” por um “projeto socialista contra a crise capitalista” (veja aqui). Nele há a defesa da conformação de “Polo operário, popular, revolucionário e socialista”. Os companheiros afirmam, muito corretamente, que: “a tarefa de defender uma […]
A organização Transição Socialista deliberou, em plenária deste dia 18/03, pelo apoio aos companheiros do PSTU nas eleições do final deste ano. Além disso, deliberamos pelo pedido de cessão de espaço democrático e solidário na legenda dos companheiros, para lançarmos um camarada nosso.
Não é hora de discurso ou ciranda: é hora incendiar as ruas das grandes cidades todos os dias até que a intervenção federal seja cancelada. Saber o que queremos e fazer de forma radical é fazer a nossa vingança em nome de Marielle.
A vitória de Boulos é a morte do PSOL como possível partido de esquerda. Nesta conjuntura, que exige algo verdadeiramente combativo, seguir no PSOL é se calar e dar cobertura de “esquerda” ao lulismo. Formemos já outro polo, revolucionário com lutadores do PSTU e muitos outros espalhados pelo país!
A comemorada “elevação” do PIB por Temer e Meirelles é uma farsa para enganar incautos. Nenhum dado da economia aponta seriamente para uma elevação consistente. Nem mesmo a burguesia brasileira leva a sério. E, para piorar, o horizonte internacional é não menos assustador.
A ala radical do PSOL convocou atos contra a candidatura de Boulos pelo partido. Estão certos, por tudo o que a candidatura representa (autoritarismo da direção e aproximação com lulismo). Divulgamos o ato em solidariedade aos lutadores da esquerda do PSOL!
Endossamos o chamado ao “8 de Março independente dos governos, dos patrões e do PT”, organizado pelas companheiras do MML/CSP-Conlutas. Concentração às 15h no Teatro Municipal.
A confirmação de Boulos será a condenação do PSOL enquanto possível instrumento de emancipação da classe trabalhadora. Confirmada a candidatura, com as alianças burguesas que ela coroa, manter-se no PSOL significará legitimar a construção de um bloqueio à classe; significará atrasar o socialismo.
Temer, de forma inesperada, decretou intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro. A medida, mais do que revelar uma verdadeira escalada ditatorial, significa um improviso inconsequente de uma classe que já não sabe mais para onde ir. A crise de dominação burguesa se aprofunda.
Boulos já pediu permissão a Lula. Na direção do PSOL, tudo está acertado para ele ser candidato (e, ao que parece, com apoio do PCB). A única chance de isso não ocorrer é uma revolta na base do PSOL. O conjunto da esquerda deve apoiar a base do PSOL, sem ficar olhando passivamente!
Dia 19/02: às ruas contra a reforma da previdência! Enterrar de vez esse projeto nefasto, para enterrar de vez o frágil governo corrupto de Temer, produto perfeito da dominação burguesa no Brasil nas últimas décadas.
Os argumentos da defesa de Lula (e dos petistas) foram desmontados um a um no TRF-4. A condenação não foi perseguição política, mas resiliência da democracia burguesa. Quais as opções para Lula agora? E a esquerda, seguirá com seus delírios, como aqueles que supõem que o grande capital quer derrubar Lula, ou que este é impedido de combater a fome no Brasil e em todo o mundo?
Absolvição do corrupto Lula significará um grande ataque à limitada democracia existente hoje no Brasil. É o caminho para o populismo autoritário e burguês (bonapartismo). A esquerda deve ir às ruas pela condenação de Lula! Chamamos todos os lutadores para participar dos atos contra Lula, a começar pelo do dia 23/01!
Afinal, o que é ser de esquerda? O PT nunca foi de esquerda, mas de centro (e hoje é de direita). E o PSOL, seria esse partido realmente de esquerda? Na verdade, não. Boulos também não é. É preciso superar a forma confusa como a burguesia usa esses conceitos!
Há espaço para uma forte frente de esquerda socialista em 2018. Basta saber se a esquerda quererá. A direção do PSOL, ao se aproximar de Boulos, indica que não quer. PSTU e PCB devem colocar como condição a não candidatura de Boulos.
A nossa “esquerda” inventa desculpas esfarrapadas para não defender a prisão de Lula: 1) não há provas; 2) “golpe”; 3) ditadura do judiciário; 4) a condenação no TRF4 foi antecipada; 5) Lula tem o “direito democrático” de se candidatar…
Todos atentos neste fim de ano! Tomar as ruas diante de qualquer sinal ou tentativa de aprovação das reformas! Não aceitar o indigesto presente natalino de Temer! Dar de presente a ele o fogo no Congresso! Pressionar a burocracia, pressionar a burocracia!
A conjuntura exige que esquerda socialista ocupe o vazio político o quanto antes. Mas o PSOL está parado, esperando Boulos, que está parado, esperando a definição sobre o futuro da candidatura de Lula. Mas, para piorar, a paralisia do PSOL incide até… sobre os companheiros do PSTU!
Tão repentinamente quanto criaram o dia de paralisação (05/12) contra a reforma da previdência, as grandes centrais sindicais riscaram tal atividade de sua agenda. A paralisação foi repentinamente cancelada, sem grandes explicações, na última sexta-feira, 01/12, num acordo de cúpula das grandes centrais (desconsiderando as pequenas e de esquerda). As […]
Para o próximo dia 05/12, as centrais sindicais brasileiras preparam um dia de paralisação nacional da classe trabalhadora contra a reforma da previdência e contra a retirada de alguns de seus direitos históricos (como os retirados pela reforma trabalhista). A data surgiu de uma reunião repentina chamada pela Força Sindical […]
Muito se comentou na última semana sobre a prisão de altos políticos cariocas. Jorge Picciani, presidente da ALERJ, Anthony Garotinho, ex-governador, Rosinha Garotinho, mulher de Anthony e ex-governadora, outros deputados e altos secretários, somaram-se aos famigerados ora hospedados no presídio de Benfica. Encontraram por lá o ex-governador Sérgio Cabral, sua […]
Quando algo acaba de ser implementado, ainda pode ser revogado. Após isso, as chances são mínimas. A reforma trabalhista entrou em vigor no sábado, 11/11. Entre seus ataques mais nefastos está a terceirização da atividade-fim e a validade do negociado sobre o legislado. Trata-se de um tipo de “mexicanização” das […]
O dia 7 de novembro de 2017 foi oficialmente a data em que se completaram 100 anos da Revolução Russa de 1917 (no calendário juliano, então utilizado na Rússia, a data era 24 de outubro, e por isso essa revolução é conhecida como “Revolução de Outubro”). Tamanha foi a importância desse evento, que mesmo a burguesia é hoje obrigada a falar dele. Ela o faz, é claro, com um recorte ideológico, apresentando aquilo ou como algo fortuito, um acidente da história, ou como um golpe, uma ditadura de uma minoria (como as ditaduras burguesas), ou como uma tragédia na qual já estaria necessariamente contido o stalinismo.
Em meados deste mês de outubro, realizou-se o 3º Congresso da Central Sindical e Popular – Conlutas, central dirigida pelo PSTU e composta por parte das organizações da chamada esquerda socialista presentes nos movimentos sindical, popular e estudantil.
A crise social na Catalunha é um importante exemplo da conjuntura política explosiva em que adentramos há alguns anos. Esta conjuntura se aprofundará e possivelmente será acelerada por um estouro econômico capitalista de grandes proporções no próximo período. A esquerda deve se preparar para a nova etapa que se avizinha… Todavia, diante da questão catalã, já demonstra confusão em abundância.
Em mais um dos capítulos da crise política, vimos a recente “carta” de Antonio Palocci. É necessário retomar um pouco a respeito. Grande parceiro de Lula, um dos principais quadros petistas da sua geração, aquele que seria candidato à presidência após Lula – só não o foi por ter se envolvido em escândalo de corrupção, o que levou Lula a escolher Dilma –, o ex-ministro pediu desfiliação do PT após ser suspenso por 60 dias e receber um processo disciplinar.
A frente Brasil Metalúrgico Com objetivo declarado de enfrentar a aplicação da reforma trabalhista e da previdência entre os trabalhadores metalúrgicos, as centrais sindicais (CUT, Força Sindical, Conlutas, Intersindical, CTB e UGT) criaram a frente “Brasil Metalúrgico”. A frente organiza um dia de luta unificado no 14 de setembro e […]
Foi anunciada há pouco mais de uma semana a plataforma política do movimento “Vamos! Sem Medo de Mudar o Brasil!”. Trata-se de iniciativa da Frente Povo Sem Medo, hegemonizada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Ainda que não se diga claramente, dada a época em que é lançada a iniciativa, bem como devido às polêmicas que já transcorrem na chamada “esquerda”, a iniciativa assume ares de projeto eleitoral, voltado ao pleito de 2018.
Na semana que passou realizou-se a primeira votação, em comissão especial da Câmara dos Deputados, da PEC para a Reforma Política, que mudará as regras para a eleição dos cargos legislativos no país, podendo entrar em vigor já nas eleições de 2018. A reforma, por incrível que pareça, conseguirá piorar ainda mais o atual sistema político e eleitoral, tornado-o menos democrático e mais fechado à pressão popular. A proposta é a comprovação de que, na atual fase histórica do capitalismo mundial, toda reforma para suposta melhora do sistema torna-se logo o seu contrário: uma piora.
De joelhos, mas não derrotado — eis a imagem do governo Temer hoje. Todavia, ilude-se quem acha que o filme de terror da quarta-feira passada foi uma demonstração de força do governo. Temer foi absolvido no covil brasiliense não porque é forte, mas porque é fraco. Temer foi absolvido não porque “soube negociar o que Dilma não sabia”, mas simplesmente porque não há oposição real a ele.
O Congresso venezuelano está praticamente fechado, já há mais de 3500 presos políticos e mais de 120 mortos pelas mãos do regime de Maduro e de suas milícias para-estatais. Oposição silenciada, à esquerda e à “direita” (para usar as palavras dos chavistas). No domingo, 30/07, realizaram-se as eleições para a constituinte farsesca que deve servir para garantir o controle do Estado burguês nas mãos da burocracia chavista. Como já havíamos notado na conjuntura brasileira (no caso do impeachment da Dilma), a suposta “esquerda” que vergonhosamente ainda apoia Maduro desaprendeu a definir um golpe e uma ditadura.
Lula e seus asseclas traidores da classe operária são também responsáveis pelo aumento da miséria capitalista no Brasil e na América Latina. São também responsáveis pelo drama cotidiano e miséria crescente da classe trabalhadora. Que mofe na prisão!
Neste início de mês, comentaristas e economistas vinculados à grande mídia da burguesia deram expediente com um discurso estranho, que geralmente não lhes é afim: comemoraram o que chamaram de um crescimento do “poder de compra” do salário do trabalhador brasileiro. Isso porque o país registrou em junho uma deflação […]
Havia disposição de luta da classe trabalhadora para que a paralisação de 30/06 fosse forte, mas o dia infelizmente foi marcado pela grande traição das nossas maiores centrais sindicais: CUT, Força Sindical, UGT e CTB que boicotaram a paralisação nacional. Ainda assim, um setor importante da vanguarda da classe trabalhadora brasileira parou a produção e foi às ruas para lutar contra as reformas e o governo. A paralisação, embora pequena e localizada, foi importante por demonstrar, mesmo que em nível localizado, que é possível fazer mais do que as principais direções sindicais da classe trabalhadora estão fazendo.
Nesta próxima sexta-feira, 30/06, teremos mais uma paralisação nacional da classe trabalhadora contra as bárbaras reformas capitalistas do governo de Michel Temer.
A absolvição da chapa Dilma-Temer no TSE foi o novo elemento da revelação do caráter de classe — burguês — de todas as instituições do Estado. Diferentemente do que falam vários analistas, não há uma judicialização da política, mas uma politização da justiça. A aparente judicialização da política era apenas a falência do poder legislativo e consequente assunção de protagonismo por parte do judiciário. Mas este, como não poderia deixar de ser, foi tragado pela crise política e revelou seu caráter de classe.
O dia 24 de maio de 2017 – dia da ocupação de Brasília – torna-se relevante para a luta da classe trabalhadora brasileira na exata medida em que evidencia a importância fundamental de um partido de combate.
Desde o início da crise política atual (março de 2015), toda vez que um governante acha que consegue rebater a crise e se segurar, supondo refluir o descontentamento, é em seguida surpreendido por uma onda ainda maior, que lhe enfraquece mais. Foi assim com Dilma: seu governo foi descendo a […]
A casa caiu. Com a gravação do dono da JBS, o governo de Michel Temer acabou e não fará as reformas. Ele falava que afastaria ministros réus, agora terá de afastar a si mesmo. É hora de ir pra rua e não sair mais! É hora de ocupar Brasília!
Já há um ano aprofunda-se um curioso processo: as investigações da Lava-Jato cercam vários partidos, não só o PT. Isso se dá desde que Temer assumiu a presidência. As teias de corrupção que envolvem PMDB e PSDB no mesmo sistema corrupto do PT ficaram cada vez mais expostas. Mesmo antes do impeachment da Dilma falávamos que isso necessariamente ocorreria. Os petistas criticavam-nos, falando que a Lava-Jato era seletiva, e que assim que caísse a Dilma tudo refluiria. Também os pmdbistas acreditavam nisso, vide o famigerado “plano Jucá” para “estancar a sangria” e salvar Lula (conversas gravadas entre Romero Jucá e Sério Machado).
A onda de violência nos embates entre o governo e a oposição se intensifica na Venezuela: com os conflitos da última semana, chegou a 37 o número de mortos na repressão recente aos protestos, tanto pela polícia quanto pelos grupos armados paraestatais sustentados pelo chavismo, conhecidos como “coletivos”. Os feridos já são mais de 700.
Nesta quarta-feita, dia 10/05, Lula estará cara a cara com Moro. A esquerda revolucionária deve defender, sem titubear: prisão a Lula e a todos os corruptos!
Sobre o dia 28/04 — dia de paralisação nacional contra os ataques do governo de Michel Temer/ Henrique Meirelles —, cabe destacar elementos positivos e negativos que se manifestaram. Além do correto elogio, é preciso pensar suas fragilidades e limites, para encontrar conscientemente a melhor forma de superá-los.
O dia 28 de abril será um dia fundamental de luta e resistência da classe trabalhadora contra as medidas do capital. Será um dia de paralisação de várias e importantes categorias organizadas por todo o país. Será dia de dizer em alto e bom som: não às medidas nefastas de Michel Temer! Não às reformas da previdência e trabalhista! Não ao ataque do capital!
A delação de Emílio Odebrecht mostrou que a burguesia tem representantes muito inteligentes. Emílio, indignado, em protesto, ergueu uma pergunta e conscientemente não a respondeu: “Por que tudo isso vem à tona só agora?” Para o patriarca da Odebrecht, corrupção e propina alimentam o Estado brasileiro há trinta anos, e […]
O presidente Temer sancionou na última sexta-feira (31/03) a lei da terceirização. Fê-lo no exato momento em que manifestantes tomavam ruas em várias capitais do país, em protesto contra as reformas de Temer. A que deve tamanha audácia do presidente? Será que as medidas econômicas adotadas por Temer darão tão grande suporte ao Estado burguês brasileiro no futuro próximo?
A Operação Carne Fraca desencadeada pela Polícia Federal nesta semana mostrou nos fatos aquilo que Marx já mostrara logo nas vinte primeiras páginas do Capital: que o capital não produz valores-de-uso, coisas úteis e saudáveis para o uso humano, mas que o capital produz capital, valores-de-troca, dinheiro, úteis à ambição inescrupulosa e desmedida do empresário capitalista. Não é necessário ir além destas primeiras vinte páginas de O Capital para se compreender esta lição básica e elementar do marxismo clássico.
1. Diluição do sistema político e erguimento de uma figura, Lula, como necessidade lógica; 2. fim do regime do Estado Democrático de Direito (no qual todas as frações burguesas estão representadas) em nome de um regime de Estado mais centralizador e repressor dos menores setores burgueses; ou seja: migração do regime democrático burguês para um regime ditatorial burguês (uma forma mais explícita e direta da ditadura da classe burguesa); 3. criação e mobilização de bandos de combate à classe trabalhadora, a partir da estrutura das burocracias sindicais (CUT, CTB e outros), bem como dos movimentos que trabalham com proletários empobrecidos (MST, MTST e outros), dependentes de políticas do Estado burguês.
A destruição do movimento autônomo dos trabalhadores (que apenas começa a nascer) em nome do lulismo, é uma das piores tragédias que pode ocorrer ao proletariado brasileiro no próximo período histórico
A dominação burguesa sobre o Brasil está conduzindo, de forma irresponsável e estúpida, a maioria da população brasileira a uma condição sem saída. Temer e Meirelles afirmam que já saímos do fundo do poço, mas sua inépcia provavelmente nos conduzirá a estouros de enormes conflitos. Há aí uma oportunidade para o proletariado.
No dia 15 de março haverá uma importante jornada de luta contra a reforma da previdência de Temer. A atividade é produto de uma ação articuladora da CSP-Conlutas, que pressiona demais centrais sindicais. Como insistimos em muitos textos, a unidade geral dos trabalhadores – a frente única de todos os sindicatos – é importante para começar a colocar a classe em movimento, e essa é a condição de qualquer mudança política. Estão corretos os companheiros da CSP-Conlutas que pressionam pela atividade unitária e pelo dia de luta.
Antes de responder a essa questão, é preciso refletir rapidamente sobre a conjuntura nacional; é preciso entender o que se passa em nosso país tanto social quanto politicamente.
Fatos políticos desta semana parecem demarcar um fortalecimento da burguesia na correlação de forças com a classe trabalhadora brasileira, mas na verdade representam um conjunto cada vez maior de contradições.
Trump é um populista-trabalhista, de forte tendência bonapartista (autoritária); é um símbolo do perigo a que a ordem bárbara, degenerada e decadente do capital nos conduz. O mesmo se dá com a ascensão do nacionalismo na Europa. Mas a esquerda que não entender que a base disso tudo é diminuição das condições de vida da classe trabalhadora não entenderá nada.
Já analisamos outras vezes que o mercado de entorpecentes é um dos mais rentáveis para o capitalismo mundial. O processo de produção dessas mercadorias é muito baixo e simplório. Trata-se, em geral, de plantas processadas. O valor agregado na produção é muito baixo, de tal forma que o preço de uma pequena quantidade de maconha, por exemplo, poderia facilmente ser equiparado ao de um saquinho de orégano. Todavia, justamente por serem proibidas, tais mercadorias tornam-se muito valorosas. Ou seja: a proibição estatal cria condições tais que fazem com que a lei da oferta e da procura incida sobre a lei do valor criando uma deformação valorizadora aberradora.
A crise da economia brasileira e mundial é tamanha que, mesmo a prometida “ponte para o futuro” de Temer, conduzida por um dos principais homens do capital no mundo das finanças, Henrique Meirelles, se mostra uma farsa de incompetentes e fanfarrões. A tão prometida “ponte” virou uma “pinguela”, como admitiu mesmo FHC. A única ponte para o futuro quem pode construir é a classe operária, junto com a vanguarda revolucionária, a partir das reivindicações transitórias citadas acima, as escalas móveis. Elas têm de ser trabalhadas visando à abertura da dualidade de poderes nos locais de trabalho. Essa é a questão chave da conjuntura.
Ainda é possível reverter essa situação. As contradições colocadas são enormes. A esquerda ainda pode ganhar espaço e se construir rapidamente como alternativa. Basta ter coragem, não cometer mais os mesmos erros e intervir. Grupos como o MBL se construíram em um ano mais rapidamente do que a esquerda em vinte anos. Se eles têm dinheiro da burguesia, nós temos a força numérica do proletariado. Se continuarmos assim, vacilando, todavia, a eleição de 2018 apenas chancelará a falência histórica da esquerda brasileira, que afundou com o PT.
O Brasil vive uma crise política e institucional sem paralelo na história recente. Os poderes batem cabeça como não se via há décadas, numa guerra quase declarada. Os congressistas, destruindo o pacote contra corrupção do MPF, rindo de toda a nação, tangenciam o ponto de ruptura das instituições. Renan Calheiros cairá, não sem antes abalar as frágeis instituições.
Na semana passada, o Congresso Nacional enojou o país ao costurar um acordo entre as lideranças dos principais partidos burgueses, de PT a PMDB e PSDB, passando por todas as legendas de aluguel, para anistiar a si mesmos do crime de Caixa 2 para campanha eleitoral. Apenas PSOL e REDE não participaram da articulação. Diante disso, grupos pequeno-burgueses de direita convocaram manifestação, tardia, para 4 de dezembro.
O Rio de Janeiro, como já comentamos muitas vezes, é a melhor expressão dos anos de lulismo no Brasil. Lula e o PT conseguiram, no estado da Guanabara, acabar com todas as oposições (alas opositoras do PMDB, DEM, PSDB, etc.) e fundir toda a política numa geléia geral da corrupção. Claro, para isso foram necessários muito luta e muito dinheiro. Tudo se tornou a instituição do suborno, mas tudo se tornou também — via suborno — escanteamento de adversários.
Após lermos os textos de Henrique Canary, do MAIS (leia aqui) e de Simone Ishibashi, do MRT (leia aqui), contrários à greve dos policiais do Rio de Janeiro, pensamos em entrar na polêmica com alguns argumentos. Nesse ínterim, Francisco da Silva publicou um texto, também no site do MAIS, que, quanto à análise da condição dos policiais, nos contemplou bastante (leia aqui). Buscaremos trabalhar alguns elementos que, pensamos, não foram ainda tratados.
Tanto as análises dos meios de comunicação de grupos burgueses quanto as da maioria das organizações da esquerda socialista já esclareceram, até a exaustão, que Trump conseguiu canalizar o descontentamento de uma expressiva camada da população trabalhadora norte-americana, descontente com as guerras dirigidas por seu país; descontente com o fechamento de fábricas e sua transferência para outros países; descontente, acima de tudo, com a queda acelerada de seu nível de vida nas últimas décadas.
Muito se discute hoje sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241, que agora se chamará, no Senado, PEC 55. Após aprová-la, com folga, na Câmara, o governo pretende aprová-la com urgência no Senado. O texto abaixo faz uma explicação sintética do que é a PEC e, em seguida, uma série de apontamentos sem os quais, pensamos, é impossível lutar de verdade, e até o limite, contra a PEC anunciada por Temer.
Afinal, Cunha não era o grande inimigo do PT, o partido visado pela Lava-Jato? Como é possível que Moro esteja prendendo aquele que (para os petistas) seria um grande aliado seu? Cunha seria aquele que, segundo os petistas, ficaria sempre solto, provando que a Lava-Jato era um golpe reacionário (apoiado pelos EUA) para derrubar o PT. Com a prisão de Cunha, fracassa mais uma vez a tese petista, superficial, do “golpe”.
Crivella foi apoiador dos governos petistas de primeira hora e, em seguida, ministro da Dilma. Crivella é um produto legítimo do fisiologismo lulista. Em seu programa de governo percebe-se o mal-cheiro do improviso. Este caracteriza-se mais pela ausência de qualquer programa, ou seja, pela submissão cega à irracional anarquia capitalista. O programa de Crivella é a expressão da barbárie burguesa atual.
Se o PT foi cada vez mais engrossado por pequeno-burgueses e abandonado pela classe operária, o PSOL, praticamente já nasceu como pequeno-burguês e, assim, totalmente incapaz de enfrentar a grande burguesia e o capital, passando a ser apenas o novo e talvez último bloqueio que resta para a burguesia.
O MNN tem atuação embrionária no Rio de Janeiro e prefere ainda refletir com mais calma sobre a situação política nessa cidade, antes de assumir um posicionamento no segundo turno eleitoral. O texto a seguir é mais um convite à discussão, à abertura de questões, entre a esquerda revolucionária, a respeito da possível vitória de Marcelo Freixo, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
A vitória de João Dória na maior cidade do país, São Paulo, é analisada como comprovação da tese da “onda conservadora”. Mas será isso verdade? Dória (PSDB) venceu inesperadamente no primeiro turno com 53,29% dos votos. Em primeiro lugar, deve-se notar que João Dória perdeu para o “não voto”. Foram […]
Hoje, 29 de setembro de 2016, os metalúrgicos do país fazem um dia nacional de paralisação contra as mudanças previstas na Previdência Social e nas leis trabalhistas. Estas são as reivindicações principais, decididas pelas Centrais Sindicais e sindicatos que organizam a categoria. No entanto, um fato é inegável: o que mais […]
Lula agora está totalmente nas mãos do juiz federal de Curitiba, Sérgio Moro. As chances de Lula escapar são muito pequenas. Caso condenado em primeira instância, sua defesa recorrerá à segunda instância. Todavia, isso tende a ser em vão, pois a segunda instância, no caso, é o Tribunal Federal Regional de Porto Alegre, que até o momento confirmou 96% das decisões de Moro a respeito da Lava-Jato.
Por iniciativa dos companheiros da CSP-Conlutas, tendo à sua frente o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região/SP, foi articulado com importantes sindicatos metalúrgicos de todo o país um novo dia de paralisação da classe operária: 29 de setembro. Trata-se de um dia de luta contra as medidas que o governo Temer pretende implementar, sobretudo as reformas da previdência e trabalhista.
O símbolo do parlamentarismo revolucionário é Karl Liebknecht (na imagem), parlamentar comunista alemão assassinado em 1919, junto com Rosa Luxemburgo, pela polícia do governo social-democrata.
Não é hora de falar que o impeachment foi “trocar seis por meia dúzia”; é hora de abrir espaço para o futuro, junto com as massas, sobretudo com a classe operária. Esse futuro se abrirá e é além do PT. Precisamos ter coragem e frieza pra olhar as coisas, e não nos deixar impressionar.
O impeachment é sim a classe burguesa se preparando para atacar mais a classe trabalhadora.
Dilma Roussef será “impeachmada” no começo desta semana e Temer assumirá. Ainda que para alguns não pareça, Dilma foi derrubada pelas massas da população trabalhadora brasileira.
Optamos por chamar voto no Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) nestas eleições. O PSTU teve o mérito de ser o único partido de esquerda a defender a queda de Dilma (e mesmo, indiretamente, a prisão de Lula). Isso mostra que esse partido está mais afinado com os anseios da maioria da população trabalhadora (sobretudo da classe operária, nas fábricas); está se preparando para o futuro, e não para repetir a história falida do PT.
A tarefa central dos revolucionários hoje no Brasil é impedir que a história se repita como farsa; quebrar esse processo acomodado e confortável em que o bom filho sempre à casa torna. É preciso romper o ciclo vicioso e abrir possibilidades novas, mais arriscadas, desconhecidas, mas que certamente levam a um caminho mais promissor. A “reorganização” da esquerda precisa levar à formação de uma organização de revolucionários, bolcheviques, vinculados à classe operária, inseridos nas principais forças produtivas brasileiras, armada de um programa dialético-transitório, ou não levará a lugar algum.
Nestas eleições o PSOL deverá ter, pela primeira vez, votos expressivos em várias capitais brasileiras. É preciso portanto refletir sobre a possibilidade de chegada ao poder municipal por esse partido.
No próximo dia 16/08 ocorrerão paralisações e atos de trabalhadores de empresas privadas e públicas em diversos locais do Brasil. Trata-se de um dia nacional de luta contra as reformas trabalhista e previdenciária.
A conjuntura nacional e mundial produz hoje uma importante reorganização — ou recriação — da esquerda brasileira. O caso mais relevante, pela dimensão nos padrões atuais da esquerda, é o do PSTU.
A depuração do PSTU é, sem dúvida, um elemento positivo para o movimento da classe operária brasileira e internacional.
Nos últimos meses, a crise política aberta no país tem arranhado mais e mais a imagem do Estado e dos políticos, que aparecem aos olhos da população cada dia mais próximos do que realmente são.
A iminente saída do Reino Unido da União Europeia não é um fato a ser comemorado pelo movimento internacional da classe trabalhadora na exata medida em que reforça particularismos, provincianismos e o nacionalismo de direita.
Nesta conjuntura específica defender novas eleições tende a ser um grande tiro no pé da própria esquerda socialista, com consequências danosas à organização futura da classe trabalhadora.
O governo Temer será um governo de crise permanente. Veja-se o caso Jucá, homem forte do governo. Isso não significa que as massas queiram derrubar este governo já. Há um receio generalizado nas massas de piora rápida e acelerada da situação econômica em caso de ainda maior instabilidade. Por mais que não gostem de Temer, mostram as pesquisas que as massas preferem ou deixá-lo no lugar ou convocar novas eleições. As massas não estão de modo algum erguendo o “Fora Temer”. As exceções são os meios pequeno-burgueses, que até ontem apoiaram Dilma diretamente ou pela “neutralidade” esquerdista.
Nem começou e o governo Temer já caiu em descrédito. Temer, o vice cuja popularidade chega a 2%, foi condenado na última semana por gastos abusivos em doações eleitorais e é agora considerado “ficha-suja”, inelegível por oito anos. Pela primeira vez na história deste país teremos uma figura sabidamente “ficha-suja” conduzindo a nação.
À luta, camaradas! Não temer o futuro! Organizar a classe operária com o programa transitório internacionalista!
Diante da votação do impeachment, é hora de falar, sem medo e em alto e bom som: Fora Dilma! E mais: é hora de preparar a verdadeira luta contra Temer, que mais cedo ou mais tarde virá com força redobrada. Temer: você é o próximo a cair!
Neste momento só um milagre salva o governo Dilma. Quadros importantes do PT (no parlamento ou fora) já jogaram a toalha. Grande parte dos movimentos sociais jogou a toalha.
A verdade está mais uma vez com a classe operária. Esta semana ela desmontou uma farsa montada pelos pelegos sindicais da CUT no ABC, e, para não deixar dúvidas, apontou novamente o caminho para a esquerda socialista nesta conjuntura.
Os grampos do telefone pessoal de Lula, divulgados nesta quarta-feira, dia 16/03, revelam que esse senhor não tem apreço algum pela democracia burguesa. Lula não é um democrata-burguês; atacou praticamente todas as instituições democráticas da burguesia: o STF, a Câmara, o Senado, a Procuradoria-Geral da República, o novo Ministro da Justiça, etc. Todos são “frouxos”, “acuados”, com medo da “República de Curitiba”. Para Lula seria preciso um homem de coragem — ele próprio — para enfrentar o descalabro.
Lembremos algumas lições de Lenin sobre uma conjuntura que aponta para uma revolução e como a esquerda revolucionária deve se posicionar nela.
Segundo os representantes da PF e do MPF, em coletiva nesta sexta-feira, “há provas concretas” de que o núcleo duro do PT constituiu uma organização criminosa que assaltou as riquezas da Petrobras por anos a fio, em conluio com gigantescas empresas, visando ao fortalecimento e enriquecimento do cartel empresarial de construção civil; à criação de uma máquina partidária capaz de garantir a manutenção do PT e aliados no poder; e ao enriquecimento pessoal ilícito de diversos políticos.
Nos 36 anos do PT, a melhor conclusão que se pode tirar é a de que a classe trabalhadora precisa construir outro partido político, completamente diferente do PT.
Os acontecimentos políticos posteriores a março de 2015 diluíram o descontentamento, ou turvaram o caminho da conjuntura. Isso ocorreu porque a verdade iluminada pelo descontentamento da classe trabalhadora no início de 2015 não teve consequência. Essa verdade não foi pega e trabalhada (cultivada) pela vanguarda organizada da classe trabalhadora e, por isso, não foi mantida manifesta; ela refluiu e se escondeu, obscurecendo o caminho.
Em momentos de crise a verdade do sistema é revelada: o capital é obrigado a reconhecer, mesmo indiretamente, a toxidez financeira sobre a qual se eleva e, por outro lado, impõe-se a racionalidade da lei do valor-trabalho contida nas mercadorias.
Em todo o mundo assiste-se a um processo de crise da burguesia enquanto classe, econômica e politicamente. Ele tem assumido um caráter agudo nos últimos dias, graças ao derretimento acelerado da economia capitalista mundial. O mês de janeiro registrou a maior queda nas principais bolsas de valores mundiais desde o estouro da crise econômica em 2007-2008.
O que o retorno agudo da crise guarda hoje para a classe trabalhadora? Sabe-se que a sabedoria chinesa expressa a noção de crise por dois ideogramas: um é referente à ideia de “risco”, o outro à de “oportunidade”.
É célebre a máxima: as condições para transição socialista não estão apenas maduras, elas começam a apodrecer. Hoje, após longo período de encobrimento, tais condições começam a reaparecer como necessidade histórica, à medida que a racionalidade da classe trabalhadora se impõe.
Acolhido o pedido de impeachment por Eduardo Cunha, é grande a possibilidade de tornar-se uma bola de neve implacável contra Dilma Rousseff. O PT fez um cálculo político arriscado; percebeu que se seguisse nas mãos de Cunha seria obrigado a enfrentar o impeachment amanhã, da mesma forma, mas em condições ainda piores.
Um senador foi preso no exercício de sua função. O petista Delcídio do Amaral é símbolo dos tempos agudos e extraordinários que atravessamos. No áudio que o derrubou ninguém escapou: toda a fina flor da lamacenta política nacional apareceu associada a um projeto de uso privado do Estado.
O atentado fundamentalista em Paris; o estouro das barragens da Samarco-Vale; a crise hídrica no sudeste brasileiro; as regiões das grandes cidades controladas por “Estados” paralelos — esses são, infelizmente, poucos exemplos da barbárie em que já nos encontramos. Na verdade, convivemos com altos graus de barbárie, a naturalizamos e, paradoxalmente, a consideramos um risco vindouro, não presente. É preciso dar a dimensão histórica do que se passa.
Os petroleiros de base da Petrobras mostram o caminho para a esquerda. Nos mais de 10 dias de greve, têm enfrentado suas direções conciliadoras (sobretudo ligadas à CUT), os fura-greves da administração, o engodo da direção da estatal, as repressões policiais e o cerco de silêncio da grande mídia. Ainda assim, seguem resistindo como podem: são mais de 11 refinarias e 58 unidades marítimas paralisadas. Segundo dados dos grevistas, quase metade da produção de petróleo teve de ser paralisada para que a voz do peão fosse ouvida. A greve nacional dos petroleiros é um fator muito importante para o conjunto da classe trabalhadora brasileira, dada a centralidade do setor energético na economia capitalista. Saudamos essa importante luta!
À medida que a classe trabalhadora entrar em movimento no continente, pressionará ainda mais pelas experiências de unidade. Saudamos, do Brasil, a classe trabalhadora argentina que se esforça para superar suas próprias limitações e construir suas ferramentas de luta para resistir contra os ataques do capital!
A despeito das análises que tomam o “lulismo” como consumado, esse fenômeno ainda não surgiu propriamente. Os elementos para que surja, é verdade, existem. Na tradição latinoamericana, em geral, aplica-se o -ismo a governos que negam a institucionalidade democrático-burguesa. São governos de caudilhos, mais ou menos arbitrários, autoritários e autocráticos. Fala-se, por exemplo, de “populismo” e lembra-se, em geral, do varguismo e do peronismo (para ficarmos nos casos mais conhecidos no nosso continente).
Cria-se no Brasil, estruturalmente, de forma decisiva e talvez sem volta, uma geração sem futuro e sem perspectivas. Os índices de inadimplência, miséria, mendicância, bem como de doenças associadas ao desemprego e à improdutividade, como depressão e suicídios, já dispararam e tendem a ter um novo influxo.
De toda a mise-en-scène do dia 16, fica a impressão de um governo desmoralizado, de uma oposição dos partidos burgueses que não sabe o que fazer e de uma massa que vaga à deriva. Entretanto, não se pode desprezar que mais de meio milhão de pessoas tenham saído às ruas em todo o Brasil, com maior ênfase em São Paulo, Rio e Brasília. Está claro que, apesar da geléia geral, o “Fora Dilma” e a revolta contra a corrupção são os elementos agregadores.
A combinação da crise das instituições burguesas com a crise econômica tem colocado os governos dos mais diversos partidos e o Congresso Nacional numa situação limite. Além do profundo desgaste provocado pelos escândalos de corrupção, os governos e o Congresso têm sido obrigados a desvelar seu caráter de classe, ao atacar os direitos dos trabalhadores em nome da continuidade do pagamento da dívida pública aos credores capitalistas.
Durante esta semana, em meio ao aprofundamento das denúncias da Operação Lava-jato, foi noticiado que setores do PT estariam dispostos a iniciar um diálogo com o PSDB.
Acuado pela acusação de que recebeu US$ 5 milhões em propina do esquema de corrupção da Petrobras, o presidente da Câmara dos Deputados, terceiro nome na linha de sucessão presidencial, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) anunciou na sexta-feira passada sua ruptura com o governo Dilma, sinalizando que um novo período de turbulência vem pela frente na já profunda crise da política nacional.
A saída do PT do governo, ao favorecer a luta autônoma da classe trabalhadora, é hoje uma tática para acelerar o reagrupamento da esquerda revolucionária em torno de um novo projeto, ou melhor, em torno do velho projeto marxista da dualidade de poder.
Foi sem dúvida importante a resposta da população grega ao referendo chamado pelo governo Syriza neste domingo, 5 de julho. O “não” expresso pela população significa “não aguentamos mais a destruição do nosso nível de vida e queremos mudança”.
O governo Dilma prepara o lançamento do PPE, o chamado Plano de Proteção ao Emprego, que prevê a diminuição de 30% da jornada de trabalho com igual diminuição dos salários. Isso significa dividir as nefastas consequências da crise econômica entre todos os trabalhadores empregados, livrando, assim, os capitalistas.
O V Congresso do Partido dos Trabalhadores foi absolutamente bem sucedido na finalidade para o qual foi realmente marcado: aprovou a proposta pela formação de uma coalizão ampla, uma frente de “esquerda” que dê base ao Lula-2018. Esse é o núcleo da chamada “Carta de Salvador”, aprovada. É sobre essa proposta de “Frente Ampla” que falaremos aqui.
Neste momento de crise profunda, não é possível manter ilusões de que pequenas reformas são possíveis. Os grandes partidos da burguesia conduziram o país a este estado de caos e nada os fará abandonar o poder até a completa bancarrota. Assim, novos ataques serão desferidos contra a classe trabalhadora e seus partidos. Compactuar, ignorar ou apelar para o “salve-se quem puder” é uma atitude que deve ser rejeitada por todos aqueles que esperam, algum dia, ver o Brasil livre da miséria de nossos dias presentes.
A trajetória política de Gushiken não pode servir de guia para as gerações futuras. A atual geração, que organizou manifestações de massa há muito esquecidas, saberá, sem dúvida, escolher seus ídolos. Entre eles não estarão, certamente, Gushiken e seus companheiros.